PUBLICIDADE

Signatário do TNP, Irã usa artifícios para burlar tratado

Por Denise Chrispim Marin e Cenário
Atualização:

O Irã teria direito de desenvolver armas atômicas se não tivesse optado pela adesão ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Esse foi o caminho escolhido por Israel, Índia e Paquistão. Ainda teria o direito de embrenhar-se nessa via, em princípio, se seguisse o exemplo da Coreia do Norte, que em 1993 denunciou o TNP e iniciou seus testes atômicos. Mas, nesse caso, o Irã estaria exposto a uma reação mais dura da comunidade internacional. O governo iraniano sempre preferiu adotar uma posição dúbia. Habilmente, se vale das brechas do TNP como escudos para enriquecer urânio e barrar inspeções. Como resultado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os EUA e seus aliados não têm como provar que o Irã está em processo de construção de armas nucleares. Mas também não podem dissipar a desconfiança sobre o Irã, que dispõe de know-how para enriquecer urânio em até os 90%, requeridos para a fabricação de uma bomba, tecnologia e mísseis para lançar os artefatos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.