Sindicatos argentinos se unem para protestar contra ajustes de Macri

Central de Trabalhadores Argentinos e Confederação Geral do Trabalho contestam medidas propostas pelo presidente e dizem que cerca de 140 mil pessoas foram demitidas desde o fim de 2015

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BUENOS AIRES - As forças sindicais da Argentina se unem nesta sexta-feira, 29, para uma primeira grande manifestação de oposição aos ajustes e demissões realizados durante os primeiros quatro meses do governo de Mauricio Macri.

A mobilização encerra uma semana em que Macri sofreu sua primeira derrota parlamentar, depois que o senado aprovou uma lei antidemissões que o presidente promete vetar.

Depois de o Congresso aprovar lei contra demissões, Macri enfrentará grande manifestação contra ajustes convocada por centrais sindicais Foto: EFE/David Fernández

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Três alas da majoritária Confederação Geral do Trabalho (CGT) e as duas da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA) deixaram para trás suas diferenças durante as gestões de Néstor e Cristina Kirchner (2003 a 2015) para fazer frente ao que consideram uma ataque aos trabalhadores.

"A mobilização desta sexta é de protesto pela falta de resposta do governo", alertou Hugo Moyano, um dos líderes da CGT, alinhada com o peronismo. Para o sindicalista, que lidera uma associação de caminhoneiros, "Macri está contra os trabaladores" argentinos.

"Há uma situação crítica na Argentina e não se vislumbra uma solução", afirmou Pablo Micheli da CTA. "Os sindicatos tem um rol de resistência frente aos ajustes. Estaremos nas ruas com muita força." Desde o fim de 2015, pelo menos 140 mil pessoas perderam seus empregos, segundo dados dos sindicatos e de consultorias privadas.

Os sindicatos dos trabalhadores das áreas industriais, comerciais e estatais voltarão a se manifestar durante 1º de maio, Dia do Trabalho. / AFP e AP

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