PUBLICIDADE

Síria: novos ataques contra posições do Estado Islâmico

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Pelo segundo dia consecutivo, aviões da coalizão liderada pelos Estado Unidos bombardearam instalações petrolíferas e de outros tipos em territórios controlados por militantes do grupo Estado Islâmico no leste da Síria nesta sexta-feira, informaram ativistas. Os ataques atingiram das áreas de produção de petróleo na província de Deir el-Zour, um dia depois de os Estados Unidos e seus aliados árabes terem acertado instalação improvisadas de produção na mesma região, perto da fronteira síria com o Iraque. O objetivo dos bombardeios é prejudicar uma das principais fontes de recursos dos militantes, que arrecadam cerca de US$ 2 milhões diários com a venda de petróleo no mercado negro. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que os bombardeios, realizados durante a noite e na manhã desta sexta-feira, atingiram os campos de petróleo de Tink assim como a área de produção de Qouriyeh, ambos em Deir el-Zour. O grupo ativista disse que os ataques atingiram também a sede do Estado Islâmico na cidade de Mayadeen. Para o Observatório, os ataques foram provavelmente realizados pela coalizão. Outro coletivo ativista, os Comitês Locais de Coordenação, também relatou quatro ataques em Mayadeen. Não havia confirmação dos Estados Unidos ou de seus aliados a respeito dos ataques. O Observatório, que recebe informações de uma rede de ativistas no interior da Síria, disse que houve vítimas dos ataques, mas não divulgou números concretos. Os ativistas relataram outro aparente ataque da coalizão contra posições do Estado Islâmico nas proximidades de Hassakeh, nordeste sírio, perto da fronteira com o Iraque. Esses ataques tiveram com uma área de produção de petróleo, assim como veículos que os militantes levaram do Iraque, disse o diretor do Observatório, Rami Abdurrahman. Os ataques aéreos tem atingido postos de verificação, locais de treinamento, campos de petróleo, veículos e bases do Estado Islâmico, assim como prédios usados pelo grupo como sede e seus escritórios. Segundo ativistas, os militantes reduziram o número de homens que permanece em postos de verificação, aparentemente temendo mais ataques. Tem havido também um êxodo de civis de redutos do Estado Islâmico. "As pessoas que vivem nas proximidades de prédios ocupados pelo Estado Islâmico estão indo embora. Elas estão se mudando para longe desses edifícios, para outras vilas ou outras áreas das cidades", afirmou Abdurrahman. "Isso aconteceu em Raqqa, em Deir el-Zour e em muitas cidades e vilas."Raqqa, cidade antiga localizada às margens do rio Eufrates no nordeste da Síria, é a capital do califado estabelecido pelo Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.