Starbucks e Airbnb respondem com ações a decreto de Trump anti-imigração 

Rede de cafés planeja contratar nos próximos cinco anos 10 mil refugiados nos 75 países nos quais atua; site de hospedagem lançou campanha para que voluntários ofereçam suas residências às pessoas atingidas pelas restrições

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Atualização:

WASHINGTON - A rede de cafés americana Starbucks e o site de hospedagem Airbnb anunciaram ações para apoiar pessoas afetadas pelo decreto do presidente Donald Trump, que suspende a entrada de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos.

A Starbucks planeja contratar nos próximos cinco anos 10 mil refugiados nos 75 países nos quais está presente, enquanto a Airbnb anunciou que hospedará de forma gratuita os atingidos pelo decreto.

O presidente da Starbucks, Howard Schultz, anunciou que contratará nos próximos anos 10 mil refugiados nos 75 países em que a empresa atua Foto: AFP PHOTO / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / STEPHEN BRASHEAR

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"Escrevo a vocês hoje com uma profunda preocupação, o coração apertado e uma promessa decidida", afirma o presidente da Starbucks, Howard Schultz, em um e-mail enviado aos seus funcionários que foi publicado na internet.

"Vivemos tempos sem precedentes, nos quais somos testemunhas de que a consciência de nosso país e a promessa do sonho americano foram colocadas em xeque", acrescentou Schultz, que apoia o Partido Democrata.

O executivo indicou que a Starbucks está em contato com os trabalhadores atingidos pelo decreto presidencial, que estabeleceu restrições severas para a entrada no território americano e "verificações extremas" contra cidadãos de sete países: Síria, Líbia, Sudão, Irã, Iraque, Somália e Iêmen.

O grupo se comprometeu a contratar pessoas que fogem de guerras, perseguições e discriminação. Nos Estados Unidos, a Starbucks começará a recrutar refugiados que trabalharam para o Exército americano como, por exemplo, intérpretes.

"Devemos garantir que nossos escolhidos nos ouçam individualmente e coletivamente. A Starbucks faz sua parte", disse o dirigente, acrescentando que a rede de cafés quer servir seus clientes igualmente "em um país cristão ou muçulmano".

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Por sua vez, a Airbnb propôs dar alojamento gratuito às pessoas afetadas pelo decreto. "A Airbnb fornece um alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa proibida de entrar nos Estados Unidos", indicou no Twitter Brian Chesky, presidente da empresa.

Em outra mensagem, Chesky publicou o link para uma página onde voluntários podem oferecer suas residências para receber os refugiados. "O Airbnb está trabalhando com parceiros do mundo inteiro para apoiar refugiados e todos os que podem ter sido afetados pela recente e inesperada proibição de viagens para os Estados Unidos. Se você quiser ajudar hospedando essas pessoas gratuitamente, por favor, adicione o seu anúncio aqui", diz o site./ AFP

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