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Suíça confirma conta de Menem

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente Carlos Menem está em problemas de novo: a embaixada da Suíça em Buenos Aires confirmou que "El Turco", como é conhecido popularmente, possui uma conta bancária naquele país. A conta foi aberta a meados dos anos 80 em seu nome e também a nome de sua então esposa, Zulema Yoma e sua filha, Zulemita Menem. Segundo a embaixada, a Justiça suíça agora passará a investigar se o dinheiro na conta possui ou não uma origem legal. Até o momento, Menem havia negado a existência de contas no exterior. Além disso, em sua declaração de bens, nunca indicou movimentos de dinheiro em bancos suíços. "É mentira", sustentou o porta-voz de "El Turco", Federico Azzarini, sobre a existência da conta de seu chefe. Em tom de desafio, Azzarini disse que a Justiça poderia continuar investigando o que quisesse. Na semana passada, a Justiça suíça descobriu outras duas contas bancárias no banco suíço UBS, a nome de Zulema Yoma e Zulemita Menem. As contas possuíam US$ 650 mil. Mãe e filha afirmaram que não conheciam as contas e que alguém deveria tê-las aberto em seus nomes, sem sua aprovação. Com a descoberta desta conta, continua a se fechar o cerco de provas contra o ex-presidente, que está em prisão domiciliar desde o dia 7 de junho, acusado de ser o líder de uma organização mafiosa que realizou o contrabando de 6.500 toneladas de armas para o Equador e a Croácia entre 1991 e 1995. A conta da Suíça não está vinculada com a investigação sobre o contrabando de armas e, sim, com as investigações judiciais sobre o suposto enriquecimento ilícito do ex-presidente. Por causa do escândalo das armas, além de Menem também estão presos seu ex-cunhado Emir Yoma, o ex-ministro da Defesa Ermán González e o ex-chefe do Exército, Martín Balza. Desde junho, "El Turco" passa seus dias confinado em uma chácara na cidade de Don Torcuato, na Grande Buenos Aires. As companhias de Menem são sua esposa, a ex-miss Universo Cecília Bolocco, e eventuais colegas de "la carpa" ("a barraca", como era conhecido o círculo mais íntimo do poder "menemista").

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