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Suspeito de atirar em jornalistas nos EUA se mata após perseguição

Identificado como Vester Lee Flanagan, ex-funcionário da emissora WDBJ7 foi perseguido em rodovias da Virgínia antes de atirar contra a própria cabeça; morte foi confirmada por autoridade estadual

Atualização:

(Atualizada às 15h30) MONETA, EUA - O homem suspeito de ter atirado e matado dois jornalistas da emissora americana WDBJ7 na manhã desta quarta-feira, 26, morreu depois de atirar contra a própria cabeça em uma rodovia do Estado da Virgínia. Ele estava sendo perseguido pela polícia americana.

Identificado como Vester Lee Flanagan, também conhecido como Bryce Williams, o suspeito é um ex-funcionário da emissora. Ele teria trabalhando cerca de um ano na WDBJ7 antes de ser demitido.

Imagem de Bryce Williams, suspeito de matar jornalistas, divulgada pela polícia da Virgínia Foto: AFP PHOTO/WHSV

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De acordo com a polícia da Virgínia, Flanangan estava vivo, mas em estado crítico, quando foi abordado na estrada depois de tentar tirar a própria vida. Apesar de as informações preliminares indicarem que o suspeito teria morrido no local, ele chegou a ser levado para um hospital da região.

A morte de Flanagan foi confirmada no começo da tarde pelo secretário de Segurança Pública da Virgínia, Brian Moran, citando informações da polícia do Estado. Flanagan foi declarado morto às 13h26 (hora local) quando chegou a um hospital de helicóptero.

Citando informações da polícia da Virgínia, a WDBJ7 afirmou que Flanagan atirou contra seu próprio corpo na altura da milha 17 da rodovia I-66, no condado de Fauquier, por volta das 11h25 (12h25 em Brasília). O ataque contra os repórteres da emissora americana ocorreu por volta das 6h45 (hora local).

Sobre a demissão de Flanagan, o gerente geral da WDBJ7 Jeff Marks confirmou que ele foi demitido da empresa há dois anos, mas não confirmou a causa do desligamento. "Há dois anos, tivemo que desligá-lo da empresa. E, pelo que sabíamos, ele continuava vivendo na região", disse Marks.

O diretor da WDBJ7 afirmou ainda não ver sentido nas supostas acusações que Flanangan teria feito nas redes sociais, de que a repórter Alison Parker teria feito comentários discriminatórios contra ele.

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"Eu acho que Alison e este indivíduo sequer trabalharam aqui na mesma época", afirmou Marks durante uma transmissão da emissora. O gerente fez questão de ressaltar que não era um exagero dizer que Alison e Adam Ward, o cinegrafista que também foi morto, "eram as pessoas mais bondosas e agradáveis que trabalhavam aqui". "Não consigo imaginar qualquer tipo de conexão (entre eles e o atirador)."

Assista vídeo da TV Estadão sobre o caso:

A emissora ABC News afirmou ter recebido um manifesto de 23 páginas do atirador quase duas horas depois de ele ter efetuado os disparos. Nele, Flanagan disse que sua ação foi uma resposta ao ataque racista na igreja de Charleston, na Carolina do Sul, em junho. Nesse ataque, o extremista branco Dylann Roof disparou contra fiéis de uma comunidade negra em Charleston e matou nove pessoas. / AP

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