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Suspeito de planejar ataques em Paris é extraditado da Bélgica para França

Ministro da Justiça francês disse que Salah Abdeslam ficará em uma prisão adaptada, com segurança máxima e em um setor de confinamento solitário

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Por Redação
Atualização:

BRUXELAS - Salah Abdeslam, suspeito de participação nos atentados terroristas de Paris em novembro, nos quais 130 pessoas foram mortas, foi extraditado da Bélgica para a França, disseram nesta quarta-feira, 27, procuradores de ambos países.

Com 26 anos, Abdeslam foi o fugitivo mais procurado da Europa até sua captura em Bruxelas em 18 de março, após quatro meses de buscas. Ele deve se apresentar a juízes franceses ainda nesta quarta-feira.

Cartaz divulgado pela polícia francesa pedindo informações para localizar Salah Abdeslam Foto: AFP PHOTO / POLICE NATIONALE

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"Salah Abdeslam foi entregue a autoridades francesas nesta manhã", disseram procuradores federais belgas em comunicado.

A procuradoria informou que não apresentará nenhuma informação adicional sobre a hora e as circunstâncias nas quais ocorreu a mudança de Abdeslam para a França. A Justiça belga autorizou no dia 31 de março a entrega do suspeito ao território francês.

A captura em março ocorreu quatro dias após ataques as bombas de militantes islâmicos no Aeroporto Internacional de Bruxelas e em um vagão do metrô da cidade, que mataram 32 pessoas.

O ministro da Justiça da França, Jean-Jacques Urvoas, disse que Abdeslam ficará em uma prisão adaptada e com segurança máxima na região de Paris. Ele deve ficar em um setor de confinamento solitário sob a guarda de um time especial. Urvoas ainda não especificou para qual penitenciária o suspeito será transferido.

Frank Berton, conhecido advogado criminal francês, disse que iria liderar a defesa de Abdeslam e visitou seu cliente por mais de duas horas na semana passada em uma cela de prisão na Bélgica, junto com o advogado belga do acusado, Sven Mary.

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Em depoimento à polícia belga vazado pela emissora francesa BFMTV, o único suposto autor dos ataques de Paris ainda vivo tentou se desvincular da organização dos atentados, e os atribuiu a seu irmão Ibrahim Abdeslam e a Abdelhamid Abaaoud.

Salah Abdeslam disse que renunciou de forma voluntária a se explodir próximo do Stade de France como estava previsto em princípio. /Reuters, EFE e Associated Press

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