Tabaré mantém ampla vantagem ao fim da campanha

Candidato governista, ex-presidente mantém em média 13 pontos porcentuais à frente do conservador Lacalle Pou

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Por MONTEVIDÉU
Atualização:
Reta final. Tabaré (E) e Lacalle Pou vão às urnas domingo Foto: Andres Stapff/Marcelo Rodriguez/Reuters

Os candidatos à presidência do Uruguai encerraram ontem a campanha para a votação de domingo, que define o sucessor de José Mujica. O favorito no segundo turno é o ex-presidente Tabaré Vázquez, representante da esquerdista Frente Ampla. Ele tem um média de 13 pontos porcentuais de vantagem sobre o conservador Luis Alberto Lacalle Pou, do Partido Nacional (blanco), segundo as últimas pesquisas divulgadas pelos institutos VTV, Equipos e Cifra. Nas últimas três semanas, sua dianteira nunca baixou de 10 pontos.

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Ontem, ambos participaram de comícios em Montevidéu. Vázquez, durante seu primeiro mandato, entre 2005 e 2010, liderou uma forte campanha antitabagista e implantou o Plano Ceibal, que garantiu computadores a todos estudantes. Seus militantes sustentam que isso tornou o Uruguai conhecido mundialmente antes mesmo de Mujica. Dentro da Frente Ampla, Vázquez é considerado um moderado que pertence ao Partido Socialista. Mujica é do Movimento de Participação Popular, que concentra vários ex-guerrilheiros tupamaros.

Maioria.

Na reta final da campanha, ambos candidatos usaram como argumento a maioria conquistada pela Frente Ampla nas duas Casas do Congresso no primeiro turno. Lacalle Pou alertou que dar o terceiro mandato à esquerda, agora com mais força no Congresso, jogaria o país no "grupo dos bolivarianos". Vázquez rebateu, dizendo que a maioria é um sinal de governabilidade.

Adolfo Garcé, professor do Instituto de Ciências Políticas da Universidade da República, crê que a eleição está definida em favor dos governistas. "A conquista deste senador que faltava para ter a maioria no Senado beneficia Tabaré. O uruguaio é muito conservador, gosta de estabilidade e se alguém diz 'vote em mim que eu poderei governar', ele apoia", disse.

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