Tenente venezuelano refugiado na Colômbia vê risco de insurreição militar
O tenente José Alejandro Méndez Sánchez é um dos vários militares que desertaram e disse que há 60 presos na sede da Direção-Geral de Contrainteligência Militar
Por Redação
Atualização:
BOGOTÁ - O tenente José Alejandro Méndez Sánchez, um dos militares venezuelanos acusados de ser desertores pelo governo do presidente Nicolás Maduro e que solicitaram refúgio na Colômbia, afirmou nesta quarta-feira que é "possível" que aconteça uma insurreição militar na Venezuela. "Sim, é possível", disse Méndez ao ser consultado pela emissora "Caracol Radio" sobre a possibilidade de que o país vizinho seja palco de uma insurreição das Forças Armadas, e acrescentou que ele e seus companheiros desertaram por "princípios, costumes e valores".
O tenente declarou, além disso, que há 60 militares detidos na sede da Direção-Geral de Contrainteligência Militar, motivo pelo qual eles viajaram a Bogotá para denunciar a situação perante a Organização dos Estados Americanos (OEA). A chancelaria colombiana confirmou nesta quarta-feira que recebeu a solicitação de refúgio de três militares venezuelanos acusados de serem desertores pelo governo de Maduro. Segundo disse à agência EFE uma fonte oficial, é impossível dizer, por enquanto, se a solicitação dos três militares venezuelanos será aceita ou não, até que se conclua a análise dos casos. No sábado passado, a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, solicitou à Colômbia a entrega dos três militares aos quais acusa de convocar um golpe de Estado e que, após deserdar da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), fugiram para este país no final de março. Nesta quarta-feira, Rodríguez anunciou que seu país iniciará nesta quinta-feira um procedimento para abandonar a OEA depois de que esse organismo convocou uma reunião de chanceleres sem o aval venezuelano. A Colômbia recebeu no ano passado 316 petições de refúgio, das quais 66 foram rejeitadas, outros 25 solicitantes não compareceram à entrevista, 27 desistiram, duas não foram reconhecidas como válidas para iniciar o processo e o restante está em trâmite. / EFE
Protestos e saques na Venezuela deixam comércios destruídos
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