BRUXELAS - Fayçal Cheffou, um dos suspeitos presos pela polícia da Bélgica na noite de quinta-feira, foi identificado neste sábado, 26, como um dos autores dos atentados terroristas de terça-feira em Bruxelas. Jornalista desempregado, ele foi reconhecido por um motorista de táxi que conduziu o grupo de três homens ao aeroporto, onde dois de seus comparsas cometeram suicídio.
Em comunicado oficial, o Ministério Público da Bélgica confirmou que Cheffou foi reconhecido por testemunhas, mas as autoridades ainda esperarão pelos resultados de exames de DNA para confirmar a identidade. Por ora, o suspeito teve a prisão decretada por terrorismo. “No conjunto da investigação aberta em razão dos atentados no aeroporto de Bruxelas (Zaventen), o juiz de instrução homologou, nessa sexta-feira, um mandado de prisão contra Fayçal C.”, informou o procurador de Bruxelas, Frédéric Van Leeuw. “Uma busca em sua casa foi realizada. Nenhuma arma ou explosivo foi encontrada.”
Caso o DNA confirme os testemunhos colhidos pela polícia, Cheffou será um novo personagem de primeiro plano da célula terrorista belgo-francesa que atacou Bruxelas e Paris, a ser preso. O primeiro é Salah Abdeslam, considerado o único sobrevivente do comando que matou 130 pessoas na capital francesa em novembro.
Mesmo sem o resultado do exame de DNA, Cheffou já responde oficialmente a acusações de participação em grupo terrorista, assassinatos terroristas e tentativa de assassinatos terroristas, crimes pelos quais pode ser condenado à perpétua.
Além dele, outros dois homens foram formalmente acusados pelo MP. O primeiro é Rabah N., verdadeiro nome de Salah A., preso na sexta-feira na cidade de Saint-Gilles, nas imediações de Bruxelas. Ele estaria em contato direto com Reda Kriket, detido em Argenteuil, na França, na quinta-feira. Na casa do francês foram descobertos um arsenal de fuzis de ataque AK-47, além de pistolas e produtos químicos.