Theresa May classifica ataque à Síria como ‘pontual, dirigido e efetivo’

Em pronunciamento na manhã seguinte aos bombardeios, May afirma que preferiria 'caminho alternativo' ao uso da força, mas 'não havia nenhum'

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LONDRES – A primeira-ministra britânica Theresa May disse neste sábado, 14, que o ataque da coalizão ocidental contra a Síria foi “pontual, dirigido e efetivo” com objetivo de enviar uma “mensagem clara” sobre uso de armas químicas.

Segundo May, a decisão de atacar foi motivada por provas da inteligência britânica que comprovavam a responsabilidade do governo sírio no ataque contra a cidade de Duma, antigo reduto rebelde nos arredores de Damasco. “Nenhum outro grupo poderia ter levado a cabo este ataque”, disse.

Em pronunciamento na manhã seguinte aos bombardeios, May afirma que preferiria 'caminho alternativo' ao uso da força, mas 'não havia nenhum' Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER / POOL

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Na noite dessa sexta-feira, 13, as forças britânicas e francesas apoiaram o ataque militar coordenado pelos Estados Unidos contra três instalações sírias que supostamente estariam envolvidas no envenenamento de vários civis durante ataque a reduto rebelde nos arredores de Damasco.+ Trump ordena ataque à Síria em resposta a uso de armas químicas

Apesar do ato, May disse que preferiria “um caminho alternativo”, mas “nesta ocasião, não havia nenhum”. Nas últimas semanas, tratativas do Conselho de Segurança da ONU se mostraram infrutíferas em chegar a consenso sobre investigações sobre o caso.+ França não irá tolerar 'a banalização do uso de armas químicas', diz Macron

A primeira-ministra também citou ataques semelhantes perpetuados por Assad, como o que ocorreu em junho de 2017, no qual dezenas de pessoas morreram após envenenamento por gás sarin. Segundo May, o uso das forças armadas sírias em ataques contra a própria população é “um comportamento persistente”.

“Não podemos permitir a normalidade do uso de armamento químico nem na Síria, nem nas ruas do Reino Unido”, disse May, referindo-se ao envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal. O caso é o pivô do atrito diplomático entre o Reino Unido e a Rússia, principal aliado de Assad. + ONU pede ‘moderação’ para evitar escalada de tensão na Síria após ataques

Segundo a primeira-ministra, é necessário “restabelecer o consenso global que este tipo de arma não pode ser usado”. “A lição que se tira dessa história é que quando as regras e estandartes globais que nos mantém a salvo se veem ameaçados, devemos nos posicionar para defendê-los”, afirmou. //EFE e AFP

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