WASHINGTON - A revista americana Time incluiu o líder deposto da Catalunha, Carles Puigdemont, foragido da Justiça espanhola, na lista dos cinco "fugitivos mais procurados" em 2018 do ponto de vista geopolítico.
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Em seu site, a publicação explica que pretende "lançar um olhar sobre os personagens mais procurados que captaram a atenção mundial", cujas histórias "nos falam sobre o estado do planeta em 2018".
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Junto a Puigdemont, que aparece em primeiro lugar, a revista inclui o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, e o premiê e um dos fundadores do Exército de Libertação do Kosovo, Ramush Haradinaj.
A lista ainda cita o islamista turco exilado nos EUA, Fethullah Gulen, a quem a Turquia acusa de terrorismo, e o ex-presidente georgiano Mikhail Saakashvili, condenado pela Justiça do seu país por abuso de poder.
Ao falar de Puigdemont, a Time lembra que os cidadãos da Catalunha apoiaram em uma votação de 1978, com mais de 90% dos votos, a nova Constituição espanhola - redigida após a morte do ditador Francisco Franco - e a instauração de um sistema democrático no país.
A consulta "torna ilegal que uma região declare sua separação da Espanha sem mudar a Constituição, o que só pode ser feito pelo Parlamento espanhol em Madri", acrescenta a revista.
No entanto, 40 anos depois, o independentista Puigdemont "seguiu adiante com um plebiscito sobre a independência à margem do que dizia a Constituição", que ocorreu no dia 1.º de outubro, segundo a publicação.
Puigdemont "utilizou os resultados folgados" dessa consulta para anunciar a secessão da Catalunha. O governo de Madri, ao defender o direito constitucional, destituiu o Parlamento catalão e ordenou novas eleições regionais", lembra a Time.
O ex-governador da Catalunha fugiu então com quatro dos membros do seu Executivo destituído para Bruxelas, enquanto a Justiça espanhola ordenou sua detenção após acusá-lo de vários delitos, entre eles os de rebelião e insurreição.
A publicação também cita as "intenções" do líder independentista de ser novamente empossado como líder regional à distância, sem estar presente na Espanha, onde poderia ser detido. / EFE