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Homens armados matam 2 policiais israelenses em local sagrado de Jerusalém

Três árabes-isralenses armados abriram fogo contra a polícia perto do local mais sagrado de Jerusalém nesta sexta-feira antes de serem abatidos pelas forças de segurança; na Cisjordânia, um jovem foi morto durante confronto com a polícia

Atualização:

JERUSALÉM - Três árabes-isralenses armados abriram fogo contra a polícia perto do local mais sagrado de Jerusalém nesta sexta-feira, 14, matando dois policiais israelenses e ferindo um terceiro, antes de as forças de segurança conterem os agressores, informou a polícia.

Os agentes da Polícia de Fronteira mortos, que tinham sido levados gravemente feridos ao hospital Hadassah, foram identificados como Hail Satawi, de 30 anos, e Kamil Shanan, de 22 anos. Um terceiro agente de 39 anos, levemente ferido, está sendo tratado em outro hospital de Jerusalém.

Peritos removem o corpo de um dos agressores perto da Cidade Velha de Jerusalém Foto: REUTERS/Ammar Awad

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Autoridades israelenses interditaram a área depois dos ataques - o mais sério incidente em anos perto do complexo altamente sensível, que é sagrado tanto para muçulmanos como para judeus. 

O fechamento impediu muçulmanos de se reunirem no local para rezas de sexta-feira, o que levou a um apelo por resistência de líderes palestinos.

Os homens armados chegaram ao local sagrado, conhecido pelos muçulmanos como Nobre Santuário e pelos judeus como Monte do Templo, e andaram em direção a um dos portões da Cidade Velha, informou a porta-voz da polícia Luba Simri.

"Quando eles viram os policiais, atiraram contra eles e então escaparam em direção a uma das mesquitas no complexo do Monte do Templo", disse Simri. "Uma perseguição aconteceu em seguida e os três terroristas foram mortos pela polícia."

Ela disse que três armas de fogo foram encontradas com os agressores. O Serviço de Segurança Interna de Israel disse que os três homens armados eram cidadãos árabes de Israel, tinham entre 19 e 29 anos e eram originários de Umm al-Fahm, na província de Haifa. 

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Interdição de área sagrada na Cidade Velha de Jerusalém impediu os muçulmanos de se reunirem no local para rezas da últimasexta-feira, forçando-os a fazer a prece em local improvisado Foto: REUTERS/Ammar Awad

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, conversaram por telefone nesta sexta pela manhã, tentando acalmar a situação após o ataque na Cidade Velha de Jerusalém, informou a agência de notícias palestina Wafa.

Abbas condenou o incidente e manifestou "sua rejeição a todo ato de violência, venha de onde vier, especialmente em lugares de culto", afirmou a Wafa, acrescentando que "o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez um apelo à calma".

Cisjordânia

Um jovem palestino foi morto também nesta sexta-feira durante confrontos com as forças de segurança israelenses em um acampamento de refugiados perto da cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada, informou o ministério de Saúde palestino.

O ministério identificou o morto como Bara Hamamdah, de 18 anos, e afirmou que ele foi vítima de um disparo de arma de fogo na altura do peito durante um enfrentamento em Dheisheh.

O Exército de Israel confirmou que seus homens tinham "disparado contra suspeitos" durante confusão no local, mas não fez menção a morte de nenhuma pessoa. / REUTERS, EFE e AFP

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