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Trégua permite retirada de pessoas de área controlada por insurgentes na Síria

Segundo o governador de Homs, ao menos 320 homens armados devem deixar a periferia de Waer. Quando processo for concluído, região voltará para o controle do governo

Atualização:

BEIRUTE - Dezenas de pessoas deixaram a última área controlada por insurgentes na cidade síria de Homs nesta quarta-feira, 9, como parte de uma trégua local entre o governo e os rebeldes, disse um grupo de monitoramento do conflito, em um raro acordo em quase cinco anos de guerra na Síria.

O governador Talal Barazzi disse que está programado para que ao menos 320 homens armados deixem a periferia de Waer hoje. Quando a retirada for concluída, a região voltará totalmente para o controle do governo. "Com este acordo, Homs agora será um lugar seguro e livre de armas de rebeldes", disse.

Arredores de Homs, na Síria, onde a Rússia atacou os primeiro alvos dos Estado Islâmico Foto: AFP PHOTO / MAHMOUD TAHA

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Três ônibus que transportaram as pessoas deixaram o distrito anteriormente sitiado, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Cerca de 750 pessoas sairiam durante o dia, seguindo para áreas controladas pelos rebeldes nas províncias de Hama e Idlib.

Será dada prioridade às mulheres, crianças e pessoas gravemente feridas, disse o chefe do Observatório, Rami Abdulrahman. A remoção também incluirá dezenas de combatentes e suas armas, que rejeitam a trégua, entre os quais um pequeno grupo da Frente Al-Nusra, braço da rede Al-Qaeda na Síria.

Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Crescente Vermelho, organização humanitária não governamental, estavam encarregados de supervisionar a implementação do acordo.

Homs foi um centro do levante contra o presidente sírio, Bashar Assad, iniciado em 2011. Depois de um cerco do governo por dois anos, uma trégua anterior permitiu que insurgentes se retirassem da Cidade Velha. Mas Waer e outras áreas permaneceram nas mãos dos rebeldes.

O acordo também estipula que o governo deverá libertar um número não especificado de prisioneiros das prisões sírias, além de alguns civis e militantes que foram sequestrados por homens armados em Waer. /REUTERS e ASSOCIATED PRESS

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