PUBLICIDADE

Três mortos em protestos contra EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Estudantes da universidade palestina que protestavam contra os ataques de ontem ao Afeganistão trocaram tiros com a polícia palestina esta manhã na pior luta interna dos últimos anos na região. Dois jovens que assistiam ao confronto foram atingidos e morreram, a polícia informou. Além disso, 45 pessoas ficaram feridas na Universidade Islâmica da Cidade de Gaza, disse o comandante da operação, Ghazi Jabali. Os dois jovens que morreram foram um menino de 13 anos e um universitário de 21 anos. A maioria dos protestos palestinos se dirigem contra Israel e a polícia raramente interfere. Mas hoje, a marcha dos estudantes apoiava o grupo militante Hamas e dirigia-se contra os Estados Unidos, incluindo apoio ao terrorista Osama bin Laden - uma parte da opinião pública que a Autoridade Palestina, de Yasser Arafat, pretende abafar. Mais de mil estudantes da Universidade islâmica marcharam do campus até o centro da Cidade de Gaza, mas foram barrados pela políca palestina com bombas de gás, cassetetes e tiros para o alto. ?Vida longa para a palestina, vida longa para o Afeganistão, vida longa para o Islã?, gritavam os estudantes. ?Bin Laden, bin Laden, bin Laden.? A polícia fez com que os estudantes retornassem à universidade e afastou os jornalistas dizendo que não publicassem imagens dos cartazes com fotos de Bin Laden. Na universidade, alguns estudantes continuaram o protesto e queimaram pneus nas ruas. O Hamas realizou dezenas de atentados suicidas em Israel e se opôs ao cessar-fogo declarado em 26 de setembro. Ao longo do último mês, a polícia palestina barrou diversos protestos em que os manifestantes se declararam a favor de Bin Laden. Paquistão No Paquistão, um manifestante foi morto por uma bala perdida e 26 pessoas ficaram feridas num confronto com a polícia durante manifestação contra os ataques militares ao Afeganistão. Nas proximidades do aeroporto de Quetta, um escritório do Fundo para a Infância das Nações Unidas foi incendiado, mas pessoal da Unicef não foi ferido. Segundo um médico identificado apenas como doutor Abdullah, além do manifestante morto, outras seis pessoas foram atingidas por balas perdidas e 20 ficaram feridas por cassetetes e bombas de gás. Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.