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Tribunal egípcio condena 250 seguidores do ex-presidente Morsi a prisão perpétua

Outros 249 seguidores do líder da Irmandade Muçulmana também foram condenados pelo tribunal militar de Alexandria por crimes que teriam ocorrido após golpe militar em julho de 2013

Atualização:

CAIRO - O tribunal militar de Alexandria, no norte do Egito, condenou nesta terça-feira, 11, 499 seguidores do ex-presidente deposto Mohamed Morsi a diferentes penas de reclusão, sendo 250 à prisão perpétua, afirmou uma fonte judicial egípcia.

Os crimes pelos quais os apoiadores de Morsi foram sentenciados ocorreram após o golpe militar que resultou a queda do ex-presidente em julho de 2013, quando os julgados teriam provocado incêndios em vários edifícios públicos, incluindo a sede do governo e uma delegacia da Província de Bahira, ao norte do Cairo.

Ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi ouve, dentro de cela instalada em tribunal, confirmação de pena de morte por fuga da prisão em 2011 Foto: KHALED DESOUKI/AFP

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Entre os processados há dirigentes e representantes da Irmandade Muçulmana, organização que era dirigida por Morsi e passou a ser considerada terrorista pelo governo egípcio desde dezembro de 2013.

A fonte ouvida pela agência Efe destacou os nomes de Gamal Heshmat e Osama Suleiman como dois dos representantes da Irmandade Muçulmana em Bahira, ambos exilados no exterior. Desde o golpe militar, as autoridades egípcias perseguiram os simpatizantes, integrantes e líderes do grupo.

Centenas de pessoas foram condenadas a penas de morte em 2014 no Egito em julgamentos que as organizações de defesa dos direitos humanos criticaram por considerar que as garantias processuais não foram respeitadas e que as penas foram muito severas, entre outros motivos.

O próprio Morsi foi condenado à morte pelo caso da fuga de uma prisão durante a revolução de 2011, que derrubou o então presidente Hosni Mubarak. / EFE

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