Tribunal egípcio proíbe atividades do Hamas no país

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Um tribunal egípcio proibiu nesta terça-feira as atividades do grupo militante palestino Hamas, que governa a vizinha Faixa de Gaza e ordenou que os ativos da organização sejam confiscados, informou uma fonte judicial. A medida deve alimentar as tensões entre o governo egípcio, apoiado pelos militares, e o grupo islâmico. As relações entre o Egito e o Hamas se deterioraram bastante desde que as Forças Armadas derrubaram Morsi, em julho do ano passado. O governo interino egípcio afirma que o Hamas tem um importante papel na insurgência de militantes na região da Península do Sinai, que faz fronteira com Gaza e Israel. Em Gaza, Izzat Rishq, graduado integrante do Hamas, condenou a decisão judicial, dizendo que o movimento vê a ação como uma "decisão política" contrária ao povo palestino e à sua resistência. As declarações foram feitas por meio de comunicado enviado por e-mail. A decisão deste terça-feira, tomada pelo Tribunal de Assuntos Urgentes, foi resultado de um caso aberto por um advogado egípcio que quer que o Hamas seja considerado uma organização terrorista e a suspensão de todas as relações com o grupo. A decisão judicial, porém, não declara diretamente o grupo como uma organização terrorista. O ministro de Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmy, disse em coletiva de imprensa previamente marcada, que não estava ciente da decisão, mas afirmou que "qualquer um que tome ações que tenham implicações em nossa segurança representa uma preocupação para nós", respondeu ele quando perguntado sobre as relações entre Egito e Hamas.As autoridades egípcias também destruíram muitos dos túneis abertos sob a fronteira entre Egito e Gaza que são usados pelos palestinos do território para contrabandear um grande quantidade de bens do Egito, dentre eles gasolina e medicamentos. O Hamas tem fortes relações com a Irmandade Muçulmana e os dois grupos estreitaram suas ligações durante o período em que Morsi esteve no poder. Morsi e muitos de seus companheiros da Irmandade estão presos e são acusados de uma série de crimes, muitos dos quais podem levá-los a pena de morte. Dois dos casos envolvem membros do Hamas, acusados de ajuda Morsi e outros integrantes da Irmandade de escapar da prisão em 2011. O ex-presidente e seus companheiros também são acusados, em outro processo, de vazar segredos de Estado para o Hamas. O advogado que abriu o caso, Samir Sabry, disse que a decisão significa que qualquer integrante do Hamas que esteja no Egito perdeu toda a proteção legal para sua permanência e deve detido. Fonte: Associated Press.

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