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Trudeau anuncia a Obama que vai retirar o Canadá da coalizão de combate ao EI

Novo primeiro-ministro canadense havia se comprometido durante a campanha eleitoral a retirar os caça-bombardeiros CF-18 enviados ao Iraque, mas ainda não confirmou quando o fará

Atualização:

TORONTO - O novo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, comunicou na terça-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que manterá sua promessa eleitoral de retirar o país da coalizão internacional que luta no Iraque contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Me comprometi a continuar envolvido de uma forma responsável, que represente o importante papel que o Canadá tem que desempenhar no combate ao EI. Mas Obama entende os compromissos que fiz sobre o fim da missão de combate", disse o líder do Partido Liberal, em sua primeira entrevista coletiva após a vitória nas eleições do Canadá.

Líder do Partido Liberal, Justin Trudeau é oprimeiro-ministro do Canadá Foto: AFP PHOTO/NICHOLAS KAMM

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Trudeau se comprometeu durante a campanha eleitoral a retirar os caças-bombardeiros CF-18 enviados ao Iraque como parte integrante da coalizão internacional contra o EI, e a aumentar os instrutores militares canadenses para capacitar as forças que combatem o grupo jihadista. No entanto, o primeiro-ministro eleito não quis confirmar quando ordenará o retorno dos aviões canadenses.

"Cumpriremos nossos compromissos eleitorais de forma responsável. Queremos assegurar que a transição seja realizada de forma ordenada", explicou Trudeau sobre a data da retirada.

Obama ligou na terça-feira para Trudeau para parabenizá-lo pela vitória nas eleições canadenses, segundo informou a Casa Branca em comunicado. A nota, porém, não menciona a saída do país vizinho da coalizão.

Parceria Transpacífica. Durante a conversa, o presidente americano pediu que Trudeau implemente o Acordo de Parceria Transpacífica (TPP), negociado pelo atual primeiro-ministro, Stephen Harper, que deixará o cargo após nove anos no poder.

Trudeau criticou a Parceria, mas não se pronunciou durante a campanha sobre o que faria com o pacto caso vencesse a eleição. Apesar disso, afirmou que as negociações do acordo foram feitas sem transparência e que, se fosse eleito, faria um "debate público e aberto no parlamento" sobre o assunto.

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De acordo com o comunicado da Casa Branca, Obama destacou a Trudeau que a TPP "promoverá o crescimento econômico e empregos com bons salários em ambos os lados da fronteira".

"Os dois líderes concordaram sobre a importância de aprofundar as já sólidas relações entre EUA e Canadá, além de se comprometerem a fortalecer os esforços conjuntos na promoção do comércio, combate ao terrorismo e luta contra a mudança climática", disse a Casa Branca.

Obama e Trudeau também concordaram em trabalhar para que um acordo "duradouro e ambicioso" seja firmado durante a Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP), em dezembro, na França. /EFE

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