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Trump adia anúncio sobre transferência de embaixada em Israel para Jerusalém

Presidente americano revelará nos próximos dias se mudará ou não a localização da representação diplomática no país; fontes de Washington disseram que republicano pode reconhecer de forma unilateral Jerusalém como capital de Israel na quarta

Atualização:

A BORDO DO AIR FORCE ONE - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não anunciou se irá adiar novamente a transferência da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém, apesar de um prazo para fazê-lo ter expirado na segunda-feira, 4.

Trump volta a cogitar reconhecer Jerusalém como capital de Israel

Um anúncio sobre a decisão será feito “nos próximos dias”, disse o porta-voz da Casa Branca Hogan Gidley a repórteres a bordo do Air Force One, enquanto Trump retornava de uma viagem ao Estado americano de Utah.

Embaixada dos EUA em Tel-Aviv; Trump prometeu durante campanha presidencial transferir representação diplomática americana para Jerusalém Foto: EFE/ Jim Hollander

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Trump deveria decidir se assinará ou não uma dispensa que adiaria por mais seis meses a transferência da embaixada americana de Tel-Aviv, como tem feito todo presidente dos EUA desde que o Congresso aprovou uma lei sobre a questão em 1995.

Autoridades do alto escalão do governo disseram que Trump deve emitir uma ordem temporária, a segunda desde que assumiu a presidência, para adiar a transferência da embaixada, apesar de sua promessa de campanha de seguir em frente com a ação controvertida.

Entretanto, as autoridades disseram que Trump provavelmente fará um discurso na quarta-feira reconhecendo de forma unilateral Jerusalém como capital de Israel, um passo que romperia com décadas de políticas dos EUA e poderia alimentar a violência no Oriente Médio. Eles disseram, entretanto, que nenhuma decisão final foi tomada.

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Reação

A Turquia advertiu nesta terça-feira, 5, que, se Jerusalém for reconhecida como capital israelense pelos EUA, convocará uma cúpula muçulmana e ameaçou romper as relações diplomáticas com Israel.

"A Turquia convocará uma cúpula da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) em Istambul se os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como capital israelense", disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em discurso no parlamento em Ancara.

"Jerusalém é a linha vermelha para todos os muçulmanos. Poderíamos ir longe e chegar ao ponto de cortar as relações diplomáticas com Israel", acrescentou.

Embora Israel considere Jerusalém sua capital, a soberania do país sobre a parte oriental da cidade (Jerusalém Leste) não é reconhecida por grande parte da comunidade internacional, que mantém seu aparelho diplomático em Tel-Aviv e seus subúrbios. / REUTERS, EFE e AFP

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