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Trump assina decreto que modifica vistos para trabalhadores qualificados

Presidente norte-americano pretende reformar programa de vistos do país

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer modificar os vistos H-1B para trabalhadores com maior qualificação. A ação é parte de seu combate contra "a fraude e os abusos" da imigração. Mas sua margem de manobra é limitada ante a ausência de uma reforma legislativa integral. 

Desde seu primeiro discurso ao Congresso, Trump propõe mudanças nas leis migratórias do país Foto: John Locher/AP

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Esses vistos são muito apreciados por empresas especializadas em novas tecnologias porque permitema cientistas, engenheiros e programadores trabalhar por um tempo indeterminado. Elas são, em especial, um passo para muitos cidadãos indianos atraídos pelo Vale do Silício. 

Trump assinará nesta terça-feira, 18, em Kenosha, Winsconsin, um decreto que ordena que vários secretários proponham reformas para que o programa de vistos H-1B "volte ao seu objetivo inicial: entregar os vistos aos demandantes mais qualificados para os postos mais bem remunerados". 

"Durante muito tempo, ao invés de permitir que venham os melhores (...), o programa se aplicou de uma forma nefasta para os trabalhadores norte-americanos", disse a Casa Branca, ao considerar que ele deu lugar à chegada de trabalhadores "relativamente qualificados de poucos países". 

A assinatura do decreto pretende reforçar os ideais de comprar produtos norte-americanos e de dar emprego aos cidadãos daquele país. Em inglês, "Hire American", "Buy American". Os serviços de imigração anunciaram em abril uma série de medidas para lutar "contra fraudes e abusos" nas concessões de vistos. 

O país concede 85 mil vistos H-1B por ano. Trump não pode modificar com um decreto o número de vistos concedidos, mas pode impulsionar uma reforma legislativa, cujas características ainda não estão claras. Em seu primeiro discurso no Congresso, em 1 de março, ele defendeu o abandono do "sistema atual de imigração pouco qualificado"./ AFP

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