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Trump chama Chelsea Manning de 'traidora ingrata'

Em mensagem publicada no Twitter, presidente americano afirmou que a ex-soldado não deveria ser libertada de prisão, onde cumpre pena por fornecer documentos secretos ao WikiLeaks

Atualização:
Chelsea Manning recebeu o perdão presidencial do presidente Barack Obama Foto: U.S. Army/Handout via REUTERS

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quinta-feira, 26, de "traidora ingrata" Chelsea Manning, e disse que a ex-soldado está acusando de "líder fraco" o ex-presidente Barack Obama, que comutou sua pena antes de deixar a Casa Branca.

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"Traidora ingrata Chelsea Manning, que nunca deveria ter sido liberada da prisão, agora está chamando de líder fraco o presidente Obama. Terrível", afirmou Trump em sua conta pessoal no Twitter.

Três dias antes de deixar a presidência, Obama comutou a pena de Chelsea, que em 2010 forneceu documentos secretos ao WikiLeaks, e considerou que a ex-soldado já cumpriu uma "dura" sentença. Chelsea está presa há sete anos, mas tinha sido condenada a 35 anos de prisão.

Graças à comutação de Obama, a ex-analista de inteligência militar, que se chamava Bradley e começou um tratamento de mudança de sexo para se tornar mulher em sua prisão militar do Kansas, onde tentou suicídio em duas ocasiões, será libertada no próximo dia 17 de maio.

Quando a comutação de pena foi anunciada, a equipe de Trump, então ainda presidente eleito, a considerou "preocupante". No tuíte no qual critica Chelsea, Trump parece se referir a um artigo escrito pela ex-soldado no jornal "The Guardian".

"Barack Obama deixou indícios de um legado progressista. Infelizmente, apesar sua fé em nosso sistema e seu histórico positivo em muitos assuntos durante os últimos oito anos, houve muito poucas conquistas permanentes", afirma Chelsea nesse artigo.

Esse "legado vulnerável nos deve lembrar que o que realmente precisamos é de um progressista forte e sem remorsos que nos lidere", acrescenta. / EFE

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