Trump defende apresentador da Fox News acusado de assédio sexual

Bill O'Reilly, de 67 anos, e a emissora teriam pagado U$$ 13 milhões a cinco mulheres em troca de silêncio

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WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta quarta-feira, 5, o apresentador da Fox News Bill O'Reilly, acusado de abuso sexual por várias mulheres. Falando no Salão Oval, em entrevista a repórteres do The New York Times, o presidente elogiou o apresentador como "uma boa pessoa".

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"Eu não acho que Bill fez nada de errado", declarou dias depois de o jornal ter informado que cinco mulheres haviam recebido U$$ 13 milhões depois de fazer reclamações de assédio contra ele. Elas teriam recebido o dinheiro por casos ocorridos em um período de 15 anos em troca de silêncio e com o acordo de não continuarem com o processo contra a rede de televisão.

O caso gerou uma tempestade de críticas à Fox News, que recentemente renovou o contrato de O'Reilly e levou vários grandes anunciantes a cancelaram seus comerciais no programa de notícias mais visto da televisão à cabo dos EUA.

Donald Trump e o apresentador Bill O'Reilly assistem a jogo entre New York Yankees e Baltimore Orioles Foto: Ray Stubblebine/Reuters

Enquanto dois dos casos já eram conhecidos, o Times disse que havia descoberto três novas acusações de assédio, dois de natureza sexual e outro de comportamento verbalmente abusivo por parte do apresentador.

Ao ser questionado sobre as alegações contra O'Reilly, Trump defendeu o apresentador. “Ele é uma pessoa que conheço bem e é uma boa pessoa”, disse. Em um comunicado publicado depois do surgimento das informações do NYT, O’Reilly não negou diretamente as acusações, mas disse: “Como todas as personalidades visíveis e controversas, sou vulnerável às denúncias de indivíduos que querem receber para evitar má reputação.”

Durante a campanha eleitoral, Trump defendeu o então chefe da Fox News, Roger Ailes, também acusado de assédio sexual e que foi destituído do cargo em julho. O próprio presidente Donald Trump foi acusado durante a campanha presidencial por comportamento abusivo, alguns sexuais, que ele nega. /NYT e AFP

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