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Trump diz que paciência estratégica com Coreia do Norte acabou

Declaração é uma referência à política de Obama de pressionar Pyongyang com o auxílio da China e ignorar as provocações do regime de Kim Jong-un

Atualização:

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que os programas nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte exigem uma “resposta determinada”. “A era de paciência estratégica com o regime da Coreia do Norte tem fracassado. Francamente, a paciência acabou”, disse Trump na Casa Branca, em uma declaração conjunta com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in. 

A “paciência estratégica” é uma referência à política do ex-presidente Barack Obama de pressionar Pyongyang com o auxílio da China e ignorar as provocações do regime de Kim Jong-un. . 

Trump recebe presidente da Coreia do SulMoon Jae-in na Casa Branca Foto: AP Photo/Susan Walsh

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“Estamos trabalhando intimamente com a Coreia do Sul e com o Japão, assim como com parceiros por todo o mundo, em uma gama de medidas diplomáticas, de segurança e econômicas, para proteger nossos aliados e nossos cidadãos dessa ameaça conhecida como Coreia do Norte”, disse Trump.

Não é a primeira vez que o governo Trump indica uma mudança da política adotada pelo governo Obama – o vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado Rex Tillerson já deram declarações similares. Apesar das ameaças, Trump disse, em maio, em entrevista ao site Bloomberg, que estaria disposto a se reunir com Kim Jong-un “sob as circunstâncias corretas”. 

Dias depois, a Coreia do Norte afirmou que impulsionaria “em velocidade máxima” seu programa de armas nucleares em resposta à crescente pressão de Trump por mais sanções. O regime sempre justificou seu programa de armas nucleares como uma medida de proteção frente ao que considera uma atitude hostil de Washington, a quem acusa repetidamente de realizar exercícios militares na região com o objetivo de invadir o país.

Especialistas concordam que o regime, um dos mais isolados do mundo, fez progressos no sentido de conseguir mísseis nucleares intercontinentais que possam alcançar o território americano. A Coreia do Norte já realizou cinco testes nucleares, os dois últimos em janeiro e setembro de 2016./ AFP e REUTERS

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