WASHINGTON - Os presidentes de Estados Unidos e Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, conversaram nesta terça-feira, 2, sobre a possibilidade da criação de "zonas seguras" para que seja obtida uma "paz duradoura" na Síria e sobre como resolver "a situação muito perigosa na Coreia do Norte", segundo a Casa Branca.
Em um comunicado, a Casa Branca qualificou a conversa por telefone como "muito boa" e informou que Trump e Putin "concordaram que o sofrimento na Síria durou muito tempo e todas as partes devem fazer todo o possível para por pôr fim à violência".
Além disso, a Casa Branca confirmou que o governo Trump enviará um representante à rodada de conversas de paz sobre a Síria que deve começar nesta quarta-feira em Astana, no Casaquistão.
A conversa por telefone de hoje foi o primeiro contato entre os dois governantes desde 3 de abril, quando Trump ligou para Putin para prestar condolências após o atentado terrorista no metrô da cidade de São Petersburgo, no qual morreram 14 pessoas.
Trump e Putin aproveitaram também a ligação de hoje para dialogar "extensamente" sobre como trabalharem juntos "para erradicar o terrorismo no Oriente Médio", e sobre a melhor maneira de resolver "a situação muito perigosa na Coreia do Norte", segundo a Casa Branca.
De acordo com o Kremlin, Putin e Trump combinaram durante a conversa de hoje de realizar uma reunião pessoal durante a cúpula de líderes do G20 que será realizada em 7 e 8 de julho na cidade de Hamburgo, na Alemanha.
Putin e Trump ainda não se encontraram pessoalmente, apesar das promessas eleitorais do candidato republicado de normalizar as relações entre Rússia e Estados Unidos.
Donald Trump defendeu durante a campanha eleitoral e nos primeiros dias de sua presidência uma aproximação com a Rússia, que demora a ser traduzida em gestos concretos após 100 dias no poder. As divergências entre os dois países são grande sobre a Síria, Ucrânia, Coreia do Norte e Afeganistão. / EFE e AFP