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Trump nega que houve conluio com a Rússia durante campanha

Presidente americano diz que não está preocupado com o que seu ex-chefe de Segurança Nacional falará em delação

Atualização:

WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, insistiu neste sábado que não houve nenhum conluio entre sua equipe de campanha e a Rússia durante a disputa pela Casa Branca, no ano passado.

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Trump fez a declaração a jornalistas um dia depois de seu ex-assessor de Segurança Nacional o general da reserva Michael Flynn fechar um acordo de delação e se comprometer a cooperar nas investigações sobre a ingerência russa nas eleições americanas de 2016, lideradas pelo promotor especial Robert Mueller.

Trump também disse a repórteres, quando partia de Washington para Nova York para participar de eventos de arrecadação de fundos, que não estava preocupado com o que Flynn vai falar a Mueller.

Donald Trump, presidente dos EUA Foto: AP/Andrew Harnik

Na sexta-feira, o general da reserva afirmou que foi orientado pelo comando da equipe de transição do então presidente eleito a discutir com o embaixador russo nos EUA as sanções impostas ao país pelo ex-presidente Barack Obama em resposta à interferência de Moscou nas eleições de 2016. Segundo a CNN, o interlocutor do ex-chefe de Segurança Nacional era o genro de Trump, Jared Kushner, casado com Ivanka Trump. 

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O general da reserva decidiu cooperar depois de ter sido acusado de mentir para o FBI sobre o teor de seus contatos com o diplomata russo, crime punido com até 5 anos de prisão e multa de US$ 250 mil. As declarações falsas foram dadas em 24 de janeiro, quando ele já estava na Casa Branca. Na época, ele negou que tivesse discutido sobre as sanções com o embaixador russo.

Flynn é o primeiro ex-integrante do governo Trump a ser acusado por Mueller, que investiga se houve conspiração entre membros da campanha republicana e cidadãos russos para prejudicar a candidatura da democrata Hillary, vista por Putin como hostil a seus interesses. Mueller também analisa se o presidente obstruiu a Justiça quando pediu ao ex-diretor do FBI James Comey que abandonasse a investigação sobre o envolvimento de Flynn com os russos. / AFP, REUTERS e EFE

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