WASHINGTON -O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou ontem a China em sua conta pessoal no Twitter. Foi a segunda polêmica envolvendo o republicano e Pequim em três dias. Na sexta-feira, ele disse, também na rede social, ter conversado com a presidente de Taiwan.
“A China nos perguntou se tudo bem desvalorizar sua moeda (dificultando a competitividade das nossas empresas), taxar pesadamente nossos produtos no país deles (nós não fazemos isso) ou construir um gigante aparato militar no Mar do Sul da China? Acho que não”, escreveu Trump.
A conversa telefônica com a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen provocou a irritação da China, que fez reclamações formais ao governo do presidente Barack Obama.
Desde 1979, quando os EUA e a ilha - considerada por Pequim uma província rebelde - cortaram relações, um chefe de Estado, antes ou durante o cargo, não conversava com um representante de Taipé. Assessores do presidente eleito tentaram contornar a saia justa, dizendo que a ligação entre Trump e Tsai “foi uma cortesia”. O próprio magnata republicano disse que a colega asiática havia lhe telefonado e ele então decidiu atendê-la.
A China é a maior detentora mundial de títulos da dívida pública americana, além de ser a segunda maior potência econômica e militar do planeta.
Taiwan, bem como a expansão militar de Pequim no sudeste asiático, com fortalecimento de sua esquadra naval, são temas sensíveis. / AP