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Ucrânia aprova convocar reservistas para proteger fronteira

Parlamento concordou com decreto presidencial para uma 'mobilização parcial' para cumprir a 'operação antiterrorista' 

Atualização:
Deputados ucranianos brigam durante uma sessão no Parlamento em Kiev Foto: Alex Kuzmin/Reuters

KIEV - O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta terça-feira, 22, um decreto presidencial de convocação de militares da reserva e homens com menos de 50 anos para combater os rebeldes separatistas no leste do país e defender a fronteira contra a concentração de tropas no lado russo.

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Cerca de 45 dias depois da última convocação de reservistas, que agora expirou, o governo em Kiev repetiu o decreto para "declarar e conduzir mobilização parcial", de modo a garantir que as fileiras do que a Ucrânia define como "operação antiterrorista" sejam supridas.

Depois da votação, houve breve enfrentamento entre parlamentares nacionalistas e membros do partido que era liderado pelo ex-presidente Viktor Yanukovich, derrubado em fevereiro.

As tropas ucranianas forçaram os rebeldes a recuarem para seus principais redutos, as cidades de Donetsk e Luhansk, retomando lentamente o controle de vilarejos e subúrbios ao redor delas. Com a queda do voo MH17 na região de Donetsk, o Exército recebeu ordens para não recorrer a bombardeios aéreos e artilharia nessas cidades, o que complica as operações para a retomada do controle da área.

O governo ucraniano acusa os rebeldes de serem os responsáveis pela derrubada do avião da Malaysia Airlines, mas os separatistas negam as acusações. Os EUA afirmam que a aeronave foi derrubada de uma área controlada pelos insurgentes.

A Rússia recuou a maioria de seus 40 mil soldados que estavam perto da fronteira ucraniana no começo do ano, reduzindo o contingente para menos de 1 mil em meados de junho. Mas depois o país voltou a ampliar seu efetivo na área, segundo declarou um militar da Otan este mês. 

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