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UE pede consenso à Turquia para aplicar resultado de referendo

Em comunicado conjunto, presidente da Comissão Europeia, chefe de diplomacia da UE e comissário de Ampliação disseram que aguardam avaliações de missões internacionais sobre alegações de irregularidades no processo

Atualização:

BRUXELAS - A União Europeia (UE) pediu neste domingo, 16, que a Turquia reúna "o maior consenso nacional possível" para aplicar as mudanças constitucionais avalizadas no referendo de hoje, dado seu "grande alcance", ao mesmo tempo em que assegurou que avaliará o processo levando em conta suas "obrigações" como país candidato.

"As emendas constitucionais e, especialmente, sua aplicação prática, serão avaliadas à luz das obrigações da Turquia como país candidato à União Europeia e como membro do Conselho Europeu", indicaram em um comunicado o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; a chefe de diplomacia da UE, Federica Mogherini, e o comissário de Ampliação, Johannes Hahn.

Com a mulher Emine, Erdogan acena para apoiadores em Istambul após reivindicar vitória no referendo sobre a reforma consitucional do país Foto: EFE/EPA/TOLGA BOZOGLU

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"Levando em conta o resultado do referendo e as implicações de grande alcance das emendas constitucionais, também pedimos às autoridades turcas que busquem o maior consenso nacional possível em sua aplicação", acrescentaram.

Segundo disseram seus representantes, os organismos comunitários "tomaram nota" dos resultados do referendo na Turquia sobre as emendas à Constituição adotada pela Assembleia Nacional turca no último dia 21 de janeiro, que propunha substituir o sistema parlamentarista por um presidencialista.

"Estamos esperando a avaliação da missão internacional da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e o Escritório para as Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR), também no que se refere às alegações de irregularidades", disseram Juncker, Mogherini e Hahn.

Os três ainda estimularam a Turquia a "fazer frente às preocupações e recomendações expressadas pelo Conselho Europeu, incluindo no que se refere ao estado de emergência" no país por conta do fracassado golpe de Estado de julho do ano passado.

O presidente do Conselho Supremo Eleitoral da Turquia, Sadi Güven, validou na tarde deste domingo a vitória do "sim" na consulta constitucional e confirmou que esse órgão decidiu validar os votos não selados de forma regulamentar, uma decisão tomada pouco antes do início da apuração e já contestada pela oposição. / EFE

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