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Um momento crucial na luta pela região

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Por Redação
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ANÁLISE: Rachel Lu /

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F. POLICY

As futuras gerações poderão comemorar o dia 8 de setembro de 2014, na história de Hong Kong, como o dia em que a cidade, notoriamente apolítica, se tornou inconfundivelmente política. Dezenas de milhares de manifestantes que pediam "democracia de verdade" entraram em confronto com a polícia no centro de Hong Kong.

A multidão foi convocada pelo movimento Occupy Central, que ameaçara fechar o distrito financeiro para pressionar Pequim a conceder a Hong Kong o direito de escolher seus governantes livremente nas eleições de 2017. O movimento é controvertido e muitos temem que afete negativamente a fama de Hong Kong de cidade favorável aos negócios. Pesquisas feitas antes de setembro mostravam que mais da metade dos habitantes da região não apoiava o movimento. Segundo duas sondagens de agosto, mais da metade dos habitantes estava disposta a aceitar o processo de nomeação de candidatos notoriamente falho.

Esse discurso mudou para sempre depois da violenta resposta da polícia de Hong Kong no domingo. As imagens de uma zona de guerra revoltaram os habitantes. Grupos de discussão online agora debatem a brutalidade da polícia. Muitos que no Facebook trocaram suas fotos do perfil pela imagem de uma fita amarela em apoio aos manifestantes e passaram a apoiar os protestos com dinheiro e suprimentos.

Pequim não mostrou nenhum sinal de tomar alguma iniciativa. No domingo, a agência oficial de notícias

Xinhua

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definiu os protestos como "atos ilegais" e o escritório de representação de Pequim em Hong Kong "condenou energicamente" o Occupy Central, declarando que a decisão do Congresso do Povo de se reservar o direito de vetar candidaturas às eleições "não pode ser contestada".

Os manifestantes não deverão conseguir o que pretendem - mas muitos provavelmente também já sabiam disso quando tomaram as ruas. A batalha real, que continua, tem como alvo os corações e as mentes de Hong Kong.

/ TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

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