Unasul e Vaticano pedem fim da troca de acusações na Venezuela

Fiadores da negociação entre chavismo e oposição dizem que o objetivo é preservar as conquistas alcançados até agora no diálogo

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CARACAS - Os mediadores do diálogo entre o governo da Venezuela e a oposição pediram, nesta quarta-feira (16), que "se ponha fim à campanha de desqualificações públicas" para fazer avançar o processo que busca reverter a crise política e econômica no país.

"Fazemos um apelo a todas as autoridades políticas do Governo Nacional e da Mesa de Unidade Democrática (MUD) para que respeitem o espírito e o conteúdo da Declaração Conjunta 'Conviver em Paz' (aprovada em 12 de novembro)", afirma um comunicado divulgado pela secretaria da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Maduro recebe o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, no Palácio Miraflores Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

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O documento inclui o pedido para que "se ponha fim à campanha de desqualificações públicas que não contribuem para a convivência pacífica" na Venezuela, com o objetivo de "preservar as conquistas" alcançados até agora.

A secretaria-geral da Unasul, o representante do Vaticano, monsenhor Claudio María Celli, e os ex-presidentes Leonel Fernández, José Luis Rodríguez Zapatero e Martín Torrijos acompanham o diálogo entre o governo e a oposição.

No sábado passado, ambas as partes se comprometeram a manter "uma convivência pacífica, respeitosa e construtiva", de modo a encontrar um caminho para solucionar a crise.

Nos acordos anunciados, não há menção à exigência da oposição de reativar um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, ou de antecipar eleições para o primeiro trimestre de 2017. A próxima reunião entre os delegados do governo e da oposição está prevista para 6 de dezembro./ AFP

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