Unesco considera destruição de templo de Baal, na Síria, um crime de guerra
Diretora da instituição, Irina Bokova, diz que destruição promovida pelo grupo não apagará 'grande cultura da memória mundial' e pede unidade à comunidade internacional contra 'limpeza cultural' do EI
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Por Redação
Atualização:
PARIS - A Unesco condenou nesta segunda-feira, 24, a destruição pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) do templo de Baal, nas ruínas da cidade síria de Palmira, e afirmou que os responsáveis devem responder à justiça por esse "crime de guerra".
A devastação do templo foi conhecida uma semana depois de o EI executar o antigo responsável pela direção geral de Antiguidades e Museus de Palmira, Khaled Asaad, por considerá-lo o "diretor dos ídolos" dessa cidade.
Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico
1 / 13Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Visão geral da antiga cidade de Palmyra, na Síria, antes de serdestruída por jihadistas do Estado Islâmico Foto: EFE / YOUSSEF BADAWI
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Templo de Baal Shamin é visto ao fundoentrecolunas históricas Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
Templo de Baal Shamin, em Palmira
O local reserva grandes relíquias arqueológicas Foto: AP
Palmyra
À esq., Tetrápilo, um monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, no dia 6 de junho de 2016, quando a cidade estava sob controle sírio. À di... Foto: APMais
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Pátio do santuário de Baal Shamin no antigo oásis de Palmyra Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Palmyra é patrimônio da Unesco pela riqueza de antiguidades que reserva Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE CHARON
Templo de Baal Shamin, em Palmira
Visão geral da antiga cidade romana de Palmyra, ao norte de Damasco, na Síria Foto: AP
Explosão em templo de Baal Shamin
Imagem postada em rede social usada por jihadistas mostra o que seria a destruição do templo de Baal Shaminem Palmyra Foto: AP
Templo de Baal Shamin em Palmyra
Templo de BaalShamin, em Palmyra, foi destruído pelo Estado Islâmico Foto: AP
Explosivos usados em Palmyra
Imagem divulgada por jihadistas mostra explosivos que teriam sido usados em destruição do templo de BaalShamin, em Palmyra, na Síria Foto: AP
Destruição do templo Baal Shamin
Jihadistas do Estado Islâmico destruíramo templo Baal Shamin, em Palmyra, na Síria Foto: AFP
Destruição do templo Baal Shamin
Bombas foram colocadas pelo EI em templo de Palmyra Foto: AFP
Palmyra
À esq.,teatro romano,que data do século II, no dia6 de junho de 2016. À dir., mesmo local no dia 5 de fevereiro de 2017 Foto: AP
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"A destruição sistemática de símbolos que encarnam a diversidade cultural da Síria revela a verdadeira intenção desses ataques, que privam a população síria de seu conhecimento, sua identidade e sua história", indicou em comunicado a diretora geral da Unesco, Irina Bokova.
Palmira é considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) uma relíquia única do século I d.C. e uma peça professoral da arquitetura e do urbanismo romano, pelas colunas de sua famosa rua principal e do templo de Baal.
O EI, segundo Bokova, "mata pessoas e destrói enclaves, mas não poderá amordaçar a história nem conseguirá apagar esse grande cultura da memória mundial".
"Apesar dos obstáculos do fanatismo, prevalecerá a criatividade humana. Os edifícios e enclaves serão reabilitados e alguns deles reconstruídos", concluiu a representante da Unesco, que fez um pedido à comunidade internacional para que demonstre unidade "diante da continuidade dessa limpeza cultural". / EFE