Unicef pede esforços para proteger crianças que nascem e vivem em ambientes de guerra
Somente em 2015, 16 milhões de bebês nasceram em regiões de conflito; organização calcula que 20% dos menores afetados pelos confrontos no Oriente Médio desenvolverão problemas psicológicos
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Por Redação
Atualização:
BERLIM - Cerca de 250 milhões de crianças crescem em países e regiões que convivem diariamente com conflitos armados, e somente em 2015 nasceram 16 milhões de bebês em zonas em guerra, alertou nesta terça-feira, 5, o Unicef para reivindicar novos esforços políticos e econômicos para salvar uma geração inteira.
Em entrevista coletiva em Berlim, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apresentou um relatório centrado nos menores refugiados e em zonas de guerra, uma compilação de dados que descreve a dimensão do drama que afeta milhões de crianças no mundo.
Dia Mundial da Criança
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Garoto passeia de bicicleta próximo a prédios destruídos em área da cidade síria deAlepocontrolada por rebeldes Foto: REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Garoto sírio chora ao lado do corpo de parente que morreu após ataques em Al-Soukour, área controlada por rebeldes, em Alepo Foto: AFP PHOTO / KARAM AL-MASRI
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Sírios retiram bebê de prédio destruído por bombardeios na região de Al-Kalasa, na Síria Foto: AFP PHOTO
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Crianças dormem em meio a pilhas de lixo embaixo de uma ponte na Cidade de Paranaque, nas Filipinas Foto: REUTERS/Ezra Acayan
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Menino equatoriano que perdeu casa apósterremoto de magnitude 7,8em abril - matando mais de 650 pessoas - recebe presente de equipe da Cruz Vermelha Foto: AFP PHOTO
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Garota síria em ônibus aguarda para ser levada à Turquia, na esperança de fugir da região de conflito Foto: REUTERS/Ammar Abdullah
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Refugiados aguardam para cruzar a fronteira da Sérvia com a Croácia em Berkasovo. Europa vive a pior crise migratória desde a 2ª Guerra Foto: AFP PHOTO / ELVIS BARUKCIC
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Crianças tentam se distrair em um acampamento temporário na Sérvia. No chão, cartaz traz a mensagem: "Abram as fronteiras! Agora!" Foto: AFP PHOTO / ANDREJ ISAKOVIC
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Criança mostradesenhono qual retratou o drama vivido por refugiados que tentam cruzar o Mar Mediterrâneo Foto: AP Photos/Gregorio Borgia
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"Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, tantas crianças sofreram as consequências de conflitos, crises e catástrofes naturais como hoje", afirma no documento.
O Unicef calcula que 20% das crianças afetadas pelos conflitos no Oriente Médio desenvolverão problemas psicológicos de leves a moderados, e que cerca de 4% morrerão por problemas graves se não receberem ajuda.
No mundo todo cerca de 75 milhões de crianças com idades entre 3 e 18 anos não podem ir à escola ou receber formação em razão de guerras ou catástrofes. A cada dia, em média, quatro escolas ou hospitais são alvos de ataques armados.
Em 2014, o Unicef registrou 164 ataques a escolas no Afeganistão e 67 a centros escolares no Iraque, enquanto na Nigéria estima-se que o grupo terrorista Boko Haram tenha danificado ou destruído mais de 1,2 mil colégios e matado mais de 600 professores.
"Estamos perante uma nova era de crise humanitária na qual cresce uma geração de crianças das guerras e das crises", ressaltou em comunicado o responsável pela agência das Nações Unidas na Alemanha, Christian Schneider.
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Estas crianças necessitam de mais do que água potável, alimentação e remédios, advertiu o Unicef para reivindicar que seja coordenada uma ajuda humanitária e que haja um programa para proteger toda essa geração, garantir sua educação e oferecer um futuro digno. /EFE
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