Vacina estimula sistema de defesa a combater tumor

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Por Agencia Estado
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Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Stanford traz uma nova perspectiva para o tratamento de tumores sólidos por meio de vacinas, estratégia que até agora somente havia dado bons resultados em linfomas. A nova abordagem foi proposta pelo pesquisador Lawrence Fong e pode ser comparada com a relação entre caçador, seu cão perdigueiro e a presa. A pesquisa usou como ponto de partida as células dentríticas, que identificam os invasores para outras células do sistema imunológico, as células T, que se encarregam de fazer o ataque. Fong ampliou nos pacientes o número de células dentríticas, por meio do uso de fatores de crescimento, chamados FLT-3. Com a substância, o número de células dentríticas aumentou cerca de 20 vezes. Proteína Na etapa seguinte, os pesquisadores alteraram as células dentríticas, acrescentando uma proteína produzida de forma exagerada pelas células de câncer de pulmão e também de colo retal. Usada em 12 pacientes com câncer de colo retal e de pulmão, a vacina trouxe benefícios clínicos para quatro pacientes do segundo tipo de câncer. Em dois deles, o câncer regrediu muito. "Acreditamos que a manipulação das células dentríticas do paciente podem ser a chave para o ataque correto das demais células do sistema imunológico", afirmou o pesquisador, durante o Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia, feita em São Francisco. Os resultados foram tão promissores que o pesquisador espera agora fazer o mesmo trabalho, mas com pacientes que não estejam tão debilitados pelo câncer.

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