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Venezuela não respeita direitos humanos e tem abuso de poder, diz relatório da HRW

ONG cita manifestações de 2014 em Caracas como exemplo do abuso do governo venezuelano

Atualização:

A ONG Human Rights Watch publicou nesta quinta-feira, 29, seu relatório anual (leia aqui) e afirmou que a Venezuela é um dos países da América Latina que não respeitam os direitos humanos e citou o uso excessivo de força em Caracas contra manifestantes desarmados nos protestos de 2014, que terminaram com 40 mortos e diversos presos.

O acúmulo de poder e o não cumprimento das garantias individuais permitiram que o governo venezuelano "intimidasse, se transformasse em censor e perseguisse seus críticos", diz a HRW no Relatório Mundial 2015. "Os abusos policiais, as más condições penitenciárias e a impunidade das forças de segurança continuam", completou a ONG.

O presidente da Venezuela Nicolas Maduro; relatório também falou da Argentina Foto: Roberto Sánchez/EFE

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Outros países. O relatório também cita a Argentina, afirmando que continuam existindo ameaças à liberdade de expressão e uma pequena compreensão da legislação sobre liberdade de imprensa.

Por outro lado, elogia os progressos na identificação de netos desaparecidos durante a ditadura militar (1976 - 1983) e o reencontro dessas pessoas com as verdadeiras famílias, como foi o caso da presidente da associação Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, que finalmente identificou e encontrou seu neto Guido.

A HRW também critica o governo mexicano por ter realizado poucas ações de combate à corrupção e à impunidade, o que resultou em uma "epidemia" de graves abusos. A chamada "guerra às drogas",lançada em 2006 no país, com forte atuação militar contra os carteis de drogas, "resultou em uma epidemia de execuções umárias, desaparecimentos forçados e tortura por parte de militares e policiais", afirma o documento.

Para a ONG, o atual presidente Enrique Peña Nieto "não realizou ações significativas para acabar com a corrupção e a impunidade, o que permitiu o aumento dessas atrocidades". Os abusos culminaram no desaparecimento, e provável morte, de 43 estudantes no Estado de Guerrero. /AFP

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