Venezuela tem nova jornada de violentos protestos contra Maduro

Ao menos 17 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia e mais de 50 foram presas

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Atualização:
Governo chamou manifestações da oposição de 'fascismo' Foto: Miguel Gutiérrez/EFE

CARACAS - Milhares de opositores venezuelanos se manifestaram neste sábado, 8, contra o governo do presidente Nicolás Maduro, o quarto dia de protestos na última semana na Venezuela. Mais uma vez, os atos terminaram em violência e choques com a polícia.

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Os enfrentamentos se iniciaram quando os manifestantes decidiram marchar até a Defensoria do Povo, no centro da capital venezuelana, bastião do chavismo e onde estão as sedes dos poderes públicos.

E como na quinta-feira, 6, quando tentaram chegar sem êxito à sede do órgão, os manifestantes foram contidos por policiais e membros da Guarda Nacional com bombas de gás lacrimogêneo, jatos de água e balas de borracha.

Um grupo de homens e mulheres com o rosto coberto responderam com pedras, enquanto a maior parte dos manifestantes aguardava atrás deles.

Ao menos 17 pessoas ficaram feridas, de acordo com a prefeitura do município de Chacao, de onde saiu a marcha. A cidade fica na região metropolitana de Caracas. A reportagem da agência France-Presse constatou ainda dois policiais feridos.

A ONG Foro Penal relatou 51 pessoas presas em todo o país, das quais 17 já teriam sido libertadas.

O chefe de serviços de inteligência da Venezuela, Gustavo González, disse que foram capturados os "primeiros chefes de uma célula fascista terrorista", que teria impulsionado e financiado a violência neste sábado. O número de manifestantes detidos não foi informado. 

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Segundo González, este organismo "terrorista" seria liderado pelo ex-candidato presidencial e principal figura da oposição, Henrique Capriles. / AFP

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