Vídeo mostra funcionário nuclear belga na casa de suspeito de ataques em Paris

Autoridades suspeitam que grupo que cometeu os atentados de novembro planejava obter material radioativo para 'bomba suja'

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Atualização:

PARIS — A polícia da Bélgica obteve 10 horas de vídeo que mostram um funcionário belga da área nucelar na casa de um dos suspeitos dos atentados de novembro em Paris, informou o porta-voz da Procuradoria federal da Bélgica, Thierry Werts.

Uma pessoa ligada à investigação, falando sob condição de anonimato, disse que o vídeo indica que a rede terrorista envolvida nos ataques coordenados de 13 de novembro que deixaram 130 mortos também estaria interessada em obter material radioativo para fins terroristas.

Homenagem às vítimas do atentado contra o restaurante Le Carillon, em Paris Foto: REUTERS/Benoit Tessier

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Não está claro o motivo da gravação do vídeo, mas uma das teorias é a de que ele seria usado em um plano para sequestrar o funcionário e obter o material radioativo à força, que possivelmente seria usado na fabricação de uma "bomba suja" - detonada com explosivos comuns para espalhar material radioativo em uma determinada área.

A mídia belga, citando fontes ligadas às investigações, disseram que o vídeo foi obtido na casa de Mohamed Bakkali, que foi preso depois dos atentados e está detido acusado de participar de atos terroristas.

Investigadores informaram a agência federal belga de controle nuclear após a descoberta do vídeo, disse Sébastien Berg, porta-voz da agência. "Ampliamos as medidas de segurança em todas as quatro instalações nucleares do país e elevamos o alerta com base nas indicações de que os terroristas de Paris tinham a intenção de fazer algo envolvendo uma das quatro instalações", disse Berg.

O funcionário de alto escalão que foi filmado trabalhava no núcleo de pesquisa em Mol, onde estão depositadas grandes quantidades de lixo radiativo de instalações de energia e hospitais, disse o porta-voz. As autoridades não identificaram o funcionário. / THE NEW YORK TIMES

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