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Vídeo mostra que Bush foi advertido sobre poder de destruição do Katrina

Na fita, funcionários dos serviços de emergência alertam que a tempestade poderia destruir barreiras que protegem New Orleans de enchentes e para o risco de destruição do gnásio Superdome

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente americano, George W. Bush, foi advertido sobre a ameaça do furacão Katrina, que arrasou em agosto passado três estados do Golfo do México, segundo um vídeo divulgado pelos meios de comunicação dos Estados Unidos. Na fita funcionários dos serviços de emergência advertem, um dia antes da forte tempestade de 29 de agosto, que esta poderia destruir as barreiras de contenção que protegem a cidade de New Orleans de enchentes no lago de Pontchartrain. Os funcionários, entre eles o diretor do Centro Nacional de Furacões na Flórida, também alertaram Bush e seu secretário de Segurança Nacional, Michael Chertoff, para o risco de destruição do ginásio Superdome de New Orleans pelo furacão, assim como para um grande número de vítimas fatais após as tempestades e enchentes. O vídeo mostra Bush em momentos em que assegura aos habitantes da região, que fica entre os estados da Louisiana, do Alabama e do Mississippi, que as autoridades "estão prontas não apenas para prestar auxílio durante a tempestade, como também para enviar todos os recursos disponíveis para enfrentar" a tragédia. As fortes chuvas e rajadas de vento causaram a morte de cerca de 1.300 pessoas, provocaram a inundação de quase 80% da cidade de New Orleans devido à ruptura dos diques de contenção e deixaram uma esteira de destruição na região após passarem pela Flórida. Seis meses depois da passagem do Katrina muitos bairros da região ainda não voltaram à normalidade. Bush foi duramente criticado por sua lenta reação ao desastre. Um relatório do Congresso assinalou no mês passado que o governo não estava preparado para a catástrofe, e que se o presidente tivesse apressado sua intervenção poderia ter melhorado a situação na região. O porta-voz da Casa Branca, Trent Duffy, avaliou que o vídeo pode induzir a sociedade americana a enganos. "A mim parece que a sugestão é a de que o presidente não estava plenamente envolvido na resposta ao furacão Katrina. O presidente estava envolvido e participava das reuniões" que determinaram o combate ao fenômeno, disse.

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