Visita ao Irã foi 'útil', diz chefe da AIEA

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Por AE
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O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, disse que a visita neste fim de semana a Teerã foi "útil", à medida que a instituição continua buscar esclarecimento sobre o trabalho nuclear do Irã. Esta foi a primeira viagem do diretor-geral da AIEA ao Irã desde um amplo acordo em novembro passado, no qual o país concordou em cooperar com a agência em diversas áreas. Amano se reuniu com o presidente iraniano, Hasan Rouhani, o vice-presidente Ali Akbar Salehi e o ministro de Relações Exteriores, Javad Zarif. "Fiquei muito feliz em ouvir dos mais altos níveis um firme compromisso com a implementação do Quadro de Cooperação e em direção à resolução de todas as questões presentes e passadas através do diálogo e da cooperação com a AIEA", afirmou Amani a jornalistas no Irã no domingo. O Irã deve fornecer informações sobre dois aspectos essenciais do passado de seu trabalho nuclear até a próxima segunda-feira. O Ocidente suspeita que o objetivo do trabalho fora o desenvolvimento de armas nucleares, o que Teerã nega. As negociações entre o Irã e a AIEA são separadas das discussões internacionais mais amplas sobre o futuro nuclear de Teerã, mas são considerados essenciais para o sucesso dessas conversas. Amani disse que, durante a sua viagem, abordou questões relacionadas à utilização de "fios de ponte explosivos" (EBW, na sigla em inglês) pelo Irã, que podem ser usados para detonar bombas nucleares, mas também têm usos militares convencionais e civis. O Irã forneceu informações e explicações sobre a sua decisão de desenvolver detonadores mais seguros e sobre o seu trabalho com EBWs para uso na indústria de petróleo e gás, afirmou Amani. "A agência terá de considerar todas as questões pendentes do passado, incluindo EBWs, integrando todos em um sistema e avaliar o sistema como um todo", disse Amani. Ele acrescentou que a "agência continua empenhada em trabalhar com o Irã para resolver todas as questões passadas e presentes através da cooperação e do diálogo". Fonte: Dow Jones Newswires.

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