Washington deverá escolher os diplomatas americanos que serão expulsos, diz Kremlin
Porta-voz do governo russo afirmou que cidadãos russos que trabalham para os EUA na embaixada americana podem estar entre os 755 funcionários a serem cortados
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Por Redação
Atualização:
MOSCOU - O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse nesta segunda-feira, 31, que caberá a Washington escolher quais funcionários da diplomacia americana serão cortados, depois que a Rússia decidiu expulsar 755 diplomatas dos EUA em resposta às novas sanções de Washington impostas a Moscou.
Peskov disse que cidadãos russos que trabalham para os EUA na embaixada americana podem estar entre os 755 funcionários a serem cortados, bem como diplomatas americanos.
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A Rússia não esperou o presidente dos EUA, Donald Trump, assinar as sanções antes de tomar a decisão porque "não faz sentido esperar", após elas terem sido aprovadas no Congresso americano, disse Peskov a repórteres em entrevista coletiva.
Seis meses depois da posse de Trump em Washington, a lua de mel prometida não aconteceu e a tensão com a Rússia aumentou com o passar dos meses. "Desejamos um avanço sólido de nossas relações, mas constatamos com pesar que no momento estamos longe deste ideal", afirmou Peskov.
"Sair desta situação requer a vontade de normalizar as relações e renunciar às tentativas de imposição por meio de sanções. Apesar de tudo, o presidente destacou nosso interesse em continuar cooperando onde se encontram nossos interesses", completou.
As relações entre os dois países, já abaladas pelos conflitos no leste da Ucrânia e na Síria, são prejudicadas pelas acusações de interferência russa nas eleições presidenciais americanas, as quais Washington está investigando.
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No domingo, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou os números da medida, que entrará em vigor no dia 1.º de setembro: as embaixadas e consulados americanos devem ser reduzidos em 755 funcionários, para alcançar a marca de 455, mesma quantidade de pessoas nas representações russas nos EUA.
O Departamento de Estado americano, que denunciou um "ato lamentável e injustificável", afirmou que está examinando uma resposta. "Esperamos muito tempo, com a esperança de que a situação pudesse mudar para melhor", disse Putin. "Tudo indica, porém, que, caso a situação mude, isso não vai acontecer rapidamente.” / REUTERS e AFP