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Autoridade portuária turca nega que navios levassem armas a Gaza

Diretor da alfândega do porto de Antalya diz que bagagens passaram por raio-x e foram verificadas

Atualização:

ISTAMBUL - A autoridade portuária da cidade meridional turca de Antalya negou que houvesse armas a bordo dos navios turcos que tinham saído dessa cidade rumo à Faixa de Gaza e que nesta madrugada foi atacada pelo Exército israelense.

 

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A autoridade portuária apressou-se a desmentir as declarações de representantes do Governo israelense, que justificaram a intervenção militar com o argumento de que a frota levava armas ao grupo palestino Hamas, que controla Gaza.

 

Em declarações à emissora "NTV", o diretor de Alfândegas do porto de Antalya, Fevzi Gülcan, qualificou de "falsas" as versões de Israel e explicou que foram "examinados com aparelhos de raios X" e "um a um" todas as bagagens dos passageiros do navio "Mavi Marmara", um dos atacados pelos comandos israelenses.

 

Nesse navio, viajavam 581 dos 750 ativistas da iniciativa para levar ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza.

 

Antes de partir da Turquia, o ativista espanhol Manuel Tapial, que também viajava no "Mavi Marmara", explicou à Agência Efe que todo a carga dos navios havia sido revisado e certificado por organizações internacionais independentes justamente porque sabiam que Israel usaria a desculpa da ajuda ao Hamas para detê-la.

 

Segundo o Exército israelense, pelo menos dez pessoas morreram no ataque de uma unidade de elite do Exército israelense ao comboio de seis navios que transportavam mais de 750 pessoas com ajuda humanitária a Gaza.

 

Além disso, pelo menos 38 feridos deram entrada em hospitais de Israel, segundo as últimas informações fornecidas pelos próprios hospitais.

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