Executivos da empresa americana de segurança Blackwater aprovaram pagamentos secretos de cerca de US 1 milhão para "silenciar o espírito crítico" de funcionários iraquianos, depois que guardas da companhia mataram 17 civis no Iraque, segundo o jornal americano New York Times em sua edição online desta quarta-feira, 11.
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Citando entrevistas com ex-funcionários da Blackwater, o jornal disse que o então presidente da companhia, Gary Jackson, aprovou o suborno. O dinheiro foi enviado a partir da Jordânia para o mais alto executivo em Bagdá, mas os funcionários citados pelo Times disseram não saber se a quantia havia sido efetivamente desembolsada.
Uma das fontes disse ao diário americano que funcionários do ministério do Interior teriam sido os supostos beneficiários dos pagamentos, cujos objetivos eram calar o espírito crítico e obter apoio.
Os EUA invadiram o Iraque em marõ de 2003 alegando que o país árabe teria armas de destruição massiva e desde então mantém tropas no território. Além das tropas do Exército, operam empresas de segurança americanas como a Blackwater.
Em setembro de 2007, guardas de Blackwater abriram fogo na praça Nisoor, em Bagdá, matando 17 civis iraquianos. O incidente deixou tensas as relações entre Bagdá e Washington, levando o governo iraquiano a exigir que a empresa fosse expulsa do país. Em fevereiro, a Blackwater mudou seu nome para Xe, numa tentativa de deixar sua reputação controversa para trás.