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Bombardeio israelense destrói única usina de energia da Faixa de Gaza

Usina já havia sido atingida na semana passada e operava com cerca de 20% de sua capacidade

Atualização:
A pressão internacional para o fim dos combates aumentou, mas não há nenhum sinal que indique o fim do conflito de 22 dias Foto: Mahmud Hams/AFP

Disparos de um tanque israelense atingiram nesta terça-feira o depósito de combustível da única usina de energia da Faixa de Gaza, interrompendo o suprimento de eletricidade para a Cidade de Gaza e várias outras partes do enclave palestino de 1,8 milhão de habitantes.

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Uma grossa coluna de fumaça emergia das instalações, que suprem dois terços das necessidades de energia do território, e os contêineres de combustível estavam em chamas.

"A usina de energia se foi", disse seu diretor, Mohammed al-Sharif. Ele afirmou que a equipe local de combate a incêndios não tinha os equipamentos adequados para extinguir o fogo.

Uma porta-voz militar israelense não fez comentários de imediato e informou apenas que estava checando a informação.

A usina já havia sido atingida na semana passada e operava com cerca de 20 por cento de sua capacidade, o que garantia apenas algumas horas por dia de eletricidade para os moradores de Gaza.

Israel iniciou sua ofensiva militar na Faixa de Gaza em 8 de julho dizendo ter como objetivo deter os ataques de foguetes por parte do movimento dominante Hamas e outros grupos armados. Dez dias depois, enviou forças terrestres com o objetivo declarado de destruir os túneis construídos pelo Hamas na fronteira.

Embora a pressão internacional para o fim dos combates tenha aumentado, não há nenhum sinal que indique o fim do conflito de 22 dias, nos quais morreram 1.116 palestinos, muitos deles civis, além de 53 soldados e três civis israelenses.

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(Reportagem de Nidal al-Mughrabi

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