A Anistia Internacional (AI) alertou neste domingo para o risco de tortura e maus tratos contra um empregado do Google, supostamente preso no Egito durante os protestos contra o regime de Hosni Mubarak nos últimos dias.
A organização afirma que Wael Ghuneim, diretor de marketing do Google para o Oriente Médio e Norte da África, foi arrastado pelas forças de segurança egípcias no último 28 de janeiro durante as manifestações ocorridas no Cairo, segundo testemunhas locais, e desde então seu paradeiro é desconhecido.
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Ghuneim tinha ido de Dubai para o Egito em viagem de negócios e tinha assistido aos protestos na praça Tahrir, no centro do Cairo.Sua família começou a se preocupar por ele quando não foi ao encontro de seu irmão, no dia 28 de janeiro, e quando percebeu que seus telefones estavam desligados.
"As autoridades egípcias devem informar o paradeiro de Wael Ghuneim e deixá-lo em liberdade, ou imputar-lhe algum crime", afirmou em um comunicado o subdiretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o Norte da África, Hadj Sahraoui.
Sahraoui acrescenta que o detido deveria ter acesso a um médico e a um advogado de sua escolha e, em caso algum, ser submetido a tortura. "O caso dele é apenas um de muitos que ilustram a contínua ofensiva das autoridades egípcias sobre aqueles que exercem seu direito de protesto pacífico", sublinhou Sahraoui.
Jornalista acossados. O canal em inglês da rede de televisão Al Jazira afirmou que um de seus correspondetes foi detido pelo Exército egípcio no Cairo. Ayman Mohyeldin, cidadão americano, foi levado neste domingo da praça Tahrir.Desde a última semana, jornalistas egípcios e estrangeiros vêm sendo perseguidos no Cairo. Um repórter egípcio foi baleado e morreu na última sexta-feira.
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