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Atentados na Síria matam pelo menos 119 pessoas

Neste domingo, secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou 'acordo provisório' com a Rússia para cessar-fogo

Atualização:

Cairo - Uma série de atentados terroristas voltaram a atingir a região da Síria neste domingo. Na cidade de Damasco, múltiplas explosões em um bairro ao sul da cidade deixaram pelo menos 62 mortos. Além disso, ao menos 57 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um duplo atentado envolvendo dois carros-bomba ocorrido neste domingo em um bairro do centro da cidade de Homs, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

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A ONG comunicou que os atentados em Homs foram realizados com dois veículos carregados de explosivos, no bairro Al Zahraa, de maioria alauíta, um minoritário credo xiita ao qual pertence o presidente sírio, Bashar al Assad. Além disso, afirmou que entre os mortos estão pelo menos 28 civis, enquanto os demais se desconhece se são civis ou pertencem às milícias do regime.

O governador de Homs, Talal al Sarazi, disse à agência que o atentado aconteceu na rua 60, perto da entrada do bairro de Al Armam. O Observatório não exclui a possibilidade de que aumente o número de vítimas fatais entre os diversos feridos, visto que vários estão em estado grave.

Bairro de Sayyida Zeinab em ruínas após ataques Foto: Youssef Karwashan|AFP

No dia 26 de janeiro, a mesma rua foi cenário de um duplo atentado realizado pelo Estado Islâmico com um carro-bomba, que foi seguido de outro cometido por um suicida com um cinto de explosivos.

Acordo. Desde o último final de semana, os governos norte-americano e russo lideram a negociação do Acordo de Munique do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG). No total, 17 países e três organizações multilaterais concordaram com a "cessação das hostilidades" na Síria em princípio a partir de sexta-feira, 19 , mas os combates continuaram.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse à imprensa que "Barack Obama e Vladimir Putin podem se falar assim que seja possível para que a proposta seja colocada em ação".

A Síria sofre há quase cinco anos com um conflito que causou mais de 260 mil mortos, segundo o Observatório.

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