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Em visita ao Irã, Lula pede diálogo com Ahmadinejad

Presidente brasileiro chegou nesta noite à Teerã, capital do país

Por EFE
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste sábado, 15, aos líderes mundiais que sentem para negociar com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, mas disse que aceitará a posição das Nações Unidas caso sua tentativa diplomática de fazer um acordo com o Irã não tenha sucesso. Em uma entrevista à rede de televisão "Al Jazira", Lula pediu aos membros do Conselho de Segurança da ONU que se sentem "tête-à-tête" com Ahmadinejad.

 

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"Quero que o povo fale, Obama, Sarkozy, Merkel, Medvedev, Hu Jintao, todos que são parte do Conselho de Segurança, que chamem o presidente Ahmadinejad para conversar, acho que é obrigatório sentar-se à mesa de negociação", disse. O presidente estava ontem à noite no Catar, após visita a Moscou, e chegou esta noite ao Irã, onde se reunirá com Ahmadinejad e abordará a controvertida corrida nuclear iraniana.

 

Washington, Londres, Berlim e a maior parte da comunidade internacional acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, enquanto o regime dos aiatolás insiste na natureza civil do seu programa de energia. A visita de Lula é vista como a última tentativa de convencer o Irã antes de adotar novas sanções. No entanto, caso as negociações e a persuasão diplomática não tenham sucesso, Lula respondeu: "o Brasil é membro da ONU e apoiará qualquer coisa que decida".

 

"Eu não estou de acordo (com as sanções), por isso estou negociando. Se o Irã, ou outro país, não aceita as decisões democráticas tomadas na ONU terá que aceitar às consequências", opinou. "O que espero é maturidade por parte dos dirigentes iranianos e que entendam que a paz e o compromisso com a AIEA é a melhor coisa para o Irã", concluiu.

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Lula ainda visitará Espanha e Portugal.

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