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EUA lamentam sentença de morte contra manifestante iraniano

Estudante de 20 anos recebeu pena máxima da Justiça do Irã por arremessar pedras em um protesto

Por Reuters
Atualização:

Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira, 5, que lamentam a confirmação da pena de morte para um jovem estudante iraniano preso por jogar pedras durante um protesto. O país qualificou a sentença como um "castigo desproporcional".

 

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Páginas de opositores do regime iraniano na Internet afirmaram na quarta-feira que a Justiça do país confirmou a sentença contra Mohammad Amin Valian, acusado de "moharebeh" (guerra contra Deus" por atuar contra a segurança do Estado e insultar altos funcionários.

 

"Consideramos este castigo desproporcional e deplorável e instamos sua liberação imediata", disse o porta-avoz do Departamento de Estado norte-americano, P.J. Crowley.

 

"Os Estados Unidos observam com grande preocupação os informes dos tribunais iranianos a respeito da manutenção de uma sentença de morte ao estudante universitário de 20 anos Mohammad Amin Valian", disse Crowley en um comunicado.

 

"Nos unimos à comunidade internacional para pedir às autoridades iranianas que libertem a todos os presos políticos", acrescentou o secretário.

 

Valian é um estudante de 20 anos que apoiou o candidato opositor Mirhossein Mousavi nas disputadas eleições presidenciais de junho, as quais foram vencidas por Mahmoud Ahmadinejad sob suspeitas de fraude.

 

O jovem foi preso durante os protestos da Ashura, uma festa religiosa celebrada em 27 de dezembro, quando oito pessoas morreram em enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança. Estes foram os distúrbios mais violentos após a votação.

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Não foi esclarecido se Valian estava em um grupo de 11 pessoas que a imprensa iraniana afirmou terem sido condenadas à morte por distúrbios nas eleições.

 

Duas pessoas julgadas depois das eleições foram executadas em janeiro, enquanto o caso dos outros nove estavam na fase de apelação, de acordo os meios de comunicação iranianos.

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