PUBLICIDADE

Ex-premiê Ehud Barak é o novo ministro da Defesa israelense

Governo aprova sua nomeação após vitória do trabalhista à frente do partido

Por redacao
Atualização:

O governo do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, aprovou nesta sexta-feira, 15, a nomeação do novo líder trabalhista, Ehud Barak, como ministro da Defesa. Barak, que substituirá no cargo Amir Peretz, iniciará em funções na segunda-feira, após pedir a aprovação do Parlamento, informaram fontes governamentais. A nomeação foi submetida à votação do governo por consulta por telefone, diante da necessidade de uma resposta urgente aos eventos na Faixa de Gaza, onde o movimento islâmico Hamas deslocou do poder o movimento nacionalista Fatah. Barak, de 65 anos, é o militar mais condecorado na história militar de Israel e foi primeiro-ministro e titular da pasta da Defesa entre 1999 e 2001. Na terça-feira, foi eleito como novo líder trabalhista no segundo turno de eleições primárias, nas quais derrotou outro ex-militar, o almirante retirado Ami Ayalon. Em seu discurso de posse, Barak disse que dedicará todos os seus esforços para garantir a segurança de Israel e sua capacidade de persuasão. Na segunda-feira, na próxima sessão do Parlamento, os deputados devem referendar a decisão do Executivo. Governo sólido A entrada de Barak no Ministério da Defesa representa um impulso à estabilidade do governo de Olmert, desacreditado devido a seus erros no conflito ocorrido no Líbano em meados do ano passado. Israel enfrenta neste momento dois possíveis focos de instabilidade, o primeiro deles em Gaza e o outro nas Colinas do Golan, ocupadas pela Síria em 1967. A nova realidade política na Faixa de Gaza coloca Israel em uma encruzilhada, na qual ainda não decidiu seus próximos passos. Em relação à Síria, o Corpo de Inteligência do Exército prevê uma possível guerra nos próximos meses se o presidente sírio, Bashar Al-Assad, for encurralado pelo Ocidente em relação ao julgamento pelo assassinato do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri, e pelo de um deputado opositor a Damasco há poucos dias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.