TEERÃ- O ministro de Defesa do Irã, o general Ahmad Vahidi, afirmou nesta quarta-feira, 25, que seu país está preparado para vender armas ao Líbano se Beirute pedir ajuda para equipar seu Exército.
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Ontem, o líder do movimento xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, pediu que o governo libanês faça um pedido oficial ao Irã após o Congresso dos Estados Unidos ter cancelado 100 milhões em ajuda militar ao Líbano.
A decisão foi tomada após preocupações dos legisladores com a possibilidade do dinheiro ser usado contra Israel, além da possível influência do Hezbollah sobre o Exército libanês.
Desde o corte de fornecimento dos EUA, o governo do Líbano abriu uma conta no Banco Central do país para receber doações ao fundo militar.
"O Líbano é nosso amigo", afirmou o ministro iraniano à agência estatal Irna. "Se houver uma demanda a respeito desse assunto, estamos preparados para ajudar esse país e conduzir transações de armas com ele".
Beirute já recebe ajuda militar de países como a Rússia e as nações árabes, e não depende inteiramente do financiamento americano.
O Irã é um aliado fundamental do Hezbollah, e suspeita-se que o país financia as armas do movimento radical, apesar da negativa de Teerã. O Hezbollah, também próximo da Síria, possui um grande arsenal de foguetes capaz de atingir Israel.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, disse a jornalistas que a possível ajuda do Irã ao Exército libanês reafirma "a importância da continuação da nossa ajuda ao Exército libanês, tanto para a nossa segurança quanto para a segurança da região".
Os governos Bush e Obama apoiaram ajuda militar e assistência ao Líbano, ao defender que um Exército profissional é essencial ao governo para exercer sua soberania, que é frequentemente ameaçada pelos militantes do Hezbollah.