As autoridades iranianas publicaram neste domingo uma lista com 15 empresas americancas vetadas por apoio direto ou indireto a Israel e a seus "crimes na Palestina ocupada".
Segundo o comunidado do Ministério de Relações Exteriores iraniano, estão proibidos quaisquer tratos com estas companhias, em sua maioria bélicas, assim como a emissão de vistos aos responsáveis das mesmas.
A pasta indica que esta medida se dá em reciprocidade às sanções impostas por Washington neste ano contra 13 pessoas e 12 entidades iranianas relacionadas com o sistemas de mísseis balísticos de Teerã.
Sobre isso, a nota destaca que essas sanções americanas são contrárias aos direito internacional e que o desenvolvimento das capacidades defensivas do Irã, incluindo seu sistema de mísseis, tem "o fim de exercer seu direito de autodefesa contra qualquer agressão externa".
Sobre as empresas americanas vetadas, o ministério explica que elas respaldam "os crimes de regime sionista e suas ações de terrorismo" e têm "um papel na desestabilização da região".
Algumas das companhias sancionadas são a Raytheon, uma dos maiores construtoras de defesas militares dos Estados Unidos; a United Tecnologies, a ITT Corporation e a Magnum Research Inc. Irã, cujo passo é mais simbólico ao não manter negócio com a República Islâmica, as acusa de fornecer armamento a Israel que tem sido usado na repressão do povo palestino.
Estas medidas iranianas chegam dias depois de Washington anunciar a imposição de sanções a 30 companhias e indivíduos estrangeiros, em sua maioria chineses e russos, por cooperar com o programa iraniano de mísseis e violar as restrições de exportação ao Irã, à Coreia do Norte e à Síria.
Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca a tensão entre os dois países disparou. Quando o Irã testou um míssil balístico no último mês de janeiro, antes de anunciar as sanções citadas, Trump advertiu que o país estava "jogando com fogo".