Iraque lança ataque contra um dos últimos redutos do EI no país

Batalha do exército contra os terroristas será na cidade de Tal Afar, próxima de Mossul, que foi recentemente liberada do controle do grupo terrorista

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Soldados iraquianos durante operação em Mossul, em maio deste ano: batalha por Tal Afar será a primeira após libertação de metrópole Foto: Ivor Prickett/The New York Times

Forças do exército do Iraque inciaram neste domingo uma ofensiva aos membros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em Tal Afar, cidade no norte do país e considerada um dos últimos redutos sob controle do califado no território iraquiano. A informação foi feita pelo primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi: “Eu digo ao Daesh [o nome árabe para o grupo], vocês não têm escolha: ou se rendam, ou morrerão”, afirmou o político durante anúncio na TV estatal.

A pequena cidade de 25 mil habitantes, tomada pelos terroristas em 2014, fica a cerca de 50 km com a fronteira da Síria, em uma região que já foi de farto domínio do Estado Islâmico. Porém, desde o ano passado, o exército iraquiano, apoiado por tropas e pela pesada artilharia americana, vem impondo seguidas derrotas e reconquistando novamente cidades nas regiões de deserto. 

Refugiadas de Tal Afar no campo de refugiados de Salamya, a oeste de Mosul Foto: Khalid Al-Mousily/Reuters

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Tal Afar era um centro logístico importante e que estava no caminho de Mossul, antigo centro dos terroristas no Iraque, e Raqqa, na Síria, que atualmente é a capital do califado. Apesar do seu pequeno tamanho, militares iraquianos afirmam que cerca de mil combatentes do Estado Islâmico ainda estão na cidade, o que pode indicar uma dura batalha pelo controle da cidade.

Esta será a primeira ofensiva do exército iraquiano após a principal vitória contra o Estado Islâmico: a retomada da cidade de Mossul, a oeste de Tal Afar, em julho do ano passado. As forças especiais, treinadas por americanos, contarão para esta operação com o auxílio de forças de contraterrorismo, e policiais federais. O primeiro-ministro iraquiano não informou se as milícias, que atuam na região, auxiliarão na batalha. /WASHINGTON POST

 

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